A Federação Nacional de Associações de Feirantes, descontente com o governo (e na impossibilidade de usar a greve como protesto), viu-se na obrigação de utilizar uma forma de luta mais inovadora: ameaçou os polÃticos de os impedir de entrar nas feiras durante as campanhas eleitorais. Segundo esta notÃcia do nosso carÃssimo Correio da Manhã, o presidente deste organismo chegou mesmo a afirmar, com um certo sarcasmo “Os polÃticos que vão para os hipermercados fazer campanhasâ€.
No entanto, Fernando Assunção não estava preparado para que esta pequena graçola fosse, de facto, levada a sério. Mas a verdade é que os responsáveis pelas campanhas eleitorais dos diferentes partidos já se aperceberam do potencial desta ideia, e começaram imediatamente a planear as próximas campanhas.
Sabemos de fonte segura que o PP já entrou em contacto com o Feira Nova para transferir para este hipermercado a sua sede de campanha. Preparam-se para abrir uma banca de beijinhos aos candidatos, anunciar nos altifalantes promessas eleitorais juntamente com as promoções da semana, e imprimir o logo do partido nos sacos de plástico, entre outras acções.
O PSD, por sua vez, recebeu uma proposta muito aliciante do Minipreço, embora o acordo possa não se realizar. Receios de que o tamanho dos supermercados – e a própria palavra Mini – pudesse vir a ser associada à altura diminuta do Secretário Geral do partido, fizeram os organizadores optar assim por uma conhecida grande superfÃcie, cujo nome ainda não nos foi possÃvel apurar.
Chegam-nos também rumores de que o Bloco de Esquerda já assinou um contracto exclusivo com a Fnac, enquanto que o Partido Comunista se prepara já para integrar os seus folhetos de propaganda polÃtica na Dica da Semana, distribuÃda pelos supermercados Lidl.
Quanto ao partido do governo, começaram já os preparativos para o lançamento da Mega-Campanha Inflacção Baixa: Regresso aos Votos é no Continente!
PatrÃcia Furtado // 21.11.2006 // Um comentário