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Prémios Ignóbil 2009 (e Joana Amaral Dias…)

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Tenho uma confissão a fazer. Sempre que a Joana Amaral Dias aparece no ecran da minha televisão, baixo instantaneamente o volume – apenas para ouvir a voz dela ao de leve – e ponho um disco do Barry White a tocar. Observo-a a virar-se, a mexer no cabelo em câmara lenta, medito sobre o espectáculo. Não penso no passado nem no futuro. Não penso de todo. Olho apenas para ela e bebo o momento como se não existisse mais nada.

Alguns poderão inferir que se trata de machismo. Lá porque a mulher é linda, isso não quer dizer que não tenha argumentos válidos para defender, não é? Mas isso não podia estar mais longe da verdade. A Joana Amaral Dias pode falar de política, tal como poderia ser crítica de moda ou comercial da RAID. Imaginem-na com um top apertado e um decote revelador, a sorrir, num outdoor com uma lata de Raid em cada mão e um slogan do género “Sempre que quero dormir descansada, conto com estas duas.” Eu comprava logo! E nem tenho melgas e rastejantes em casa… (apesar de já ter rastejado duma divisão da casa para a outra, mas isso é uma história que vai permanecer no foro privado, para usar uma expressão dos nossos tempos…)

A reacção que aquela mulher provoca em mim, por paradoxal que pareça, é uma total falta de reacção. Fico ali quietinho e prostrado a olhar para a Samsung, com um fio de baba a baloiçar-se no meu lábio inferior, tal como um daqueles toxicodependentes que vemos nas reportagens quando acabam de dar o chuto na veia.

É claro que o design duma embalagem ou de um produto é importantíssimo para as sua vendas. Como os profissionais de marketing e os publicitários já aprenderam há muito tempo. E o mesmo deve ser válido para o marketing político. Ninguém me tira da cabeça que se a Joana Amaral Dias ainda estivesse no Bloco de Esquerda e tivesse feito um cartaz provocante com a Ana Drago, neste momento o BE seria certamente a 3ª força política em Portugal (senão mesmo a 2ª).

E o que é que a Joana Amaral Dias tem a ver com os prémios Ignóbil de 2009? Bem… na realidade, não tem muito a ver. Confesso que foi uma introdução um pouco mais longa do que o costume, e eu peço desculpa aos leitores por isso. Às vezes esqueço-me que escrevo para pessoas ocupadas e que não têm tempo a perder com estas deambulações meio disparatadas.

A verdade é que o marketing político não funcionou no caso da Joana Amaral Dias. A mulher é tão bonita que nenhum homem consegue ouvir o que ela tem para dizer. Nós, homens, regredimos a níveis muito primários quando vemos uma mulher excessivamente boa. É assim que estamos construídos biologicamente.
“O quê? Sim, isso da situação dos professores é uma vergonh… é pá, olha para aqueles lábios quando ela sorri… Sim! Sim! Acho que o Presidente da República podia ter dado mais explic… bem, imagina só aquele cabelo a roçar no meu peito com ela montada em cima de mim!…. Sim, e o Sócrates tamb…”

Bem, já perceberam a ideia. É o mesmo que remar contra a maré. Não num rio normal, mas nos rápidos. Não com remos, mas com chopsticks de bambú. Impossível, a não ser que acredite em milagres (e mesmo que acredite, isso não quer necessariamente dizer que eles ocorram).
E longe de mim querer sugerir que foi por causa disto que a Joana Amaral Dias foi corrida das listas do Bloco de Esquerda! Até porque, como já referi, a política é a última coisa que me passa pela cabeça cada vez que a vejo.

Ok, ok, os prémios Ignóbil!
Bem, agora este post está a ficar com um tamanho grande demais e já devo ter perdido metade dos cinco leitores que aqui vieram. Por isso, para os dois leitores e meio que ainda resistiram, os prémios Ignóbil são a versão mais interessante dos prémios Nobel.
Estes últimos galardoam diversos cientistas e artistas de renome que dedicam a sua vida à procura da excelência nas suas respectivas áreas.

Os prémios Ignóbil, por outro lado, são dedicados a todos os cientistas que investigam assuntos incómodos, politicamente incorrectos ou, duma forma geral, pura e simplesmente cómicos. Mas que, todavia, contribuem para o avançar do conhecimento humano.

Este ano, entre os vencedores dos prémios Ignóbil, contam-se os seguintes sucessos:

Katherine Whitcome, Ignóbil da Física, por demonstrar analiticamente porque é que as mulheres grávidas não tropeçam para a frente quando andam

Donald Unger, Ignóbil da Medicina, por ter estalado os dedos da mão esquerda (e nunca da direita) durante 60 anos para poder estudar as diferenças, servindo assim ele próprio de objecto de estudo e também de controlo;

Elena Bodnar, Raphael Lee e Sandra Marijan, Ignóbeis da Saúde Pública, por terem inventado um soutien que, em caso de emergência, pode ser utilizado como um par de máscaras de gás.

Hmmm… agora imaginem que um dia eu tenho a sorte de estar ao lado da Joana Amaral Dias quando houver um ataque químico…. lal alas kaldk alk ada da a.d.aad-a-d-a-ad-……..

—–
Informação na net sobre os prémios Ignóbil:

Site oficial dos Ignóbil com os vencedores de 2009

Notícia da BBC acerca do vencedor deste ano




É pá realmente acontece-me exactamente o mesmo. Venha a Ana ou a Joana, e mesmo n me lembrando de quaisquer medidas por elas discursadas, acabo sempre com a certeza que seriam a nossa salvação nacional. Felizmente, sou sempre salvo do feitiço a tempo do riscar da cruzita, por alguma aparição rompante e esclarecedora do camarada Louça. É um momento de verdadeiro alívio…
Quanto aos cartazes provocantes, acho mesmo q devemos exigi-los já que pagamos parte das campanhas do nosso bolso, pelo financiamento público aos partidos. Era só vantagens: um programa bloquista mais sério e maior satisfação dos contribuintes por um serviço público de qualidade.
Fica o aviso feito, ainda a tempo do regabofe das autárquicas!!!


É por isso mesmo que só voto na Manela. Não há cá distrações.


Pois é.
Gostava de saber quem é, dos 2,5 que leram este artigo até ao fim, o 0,5 que falta…

Eu que não ligo nenhuma à política; que, por perder tempo a ler artigos destes até ao fim nem tenho tempo para ver televisão; que a pouca televisão que vejo são as séries com “gajas boas”, com mortos a 0,10€ cada ou com humor estúpido; confesso: Nem conhecia a moça!

Como internauta que sou, movido pela curiosidade resultante da animosidade com que se fala, neste artigo, da sujeita, pesquisei de imediato pelo nome “Joana Amaral Dias” e fui direitinho às fotos. Gostei do que vi. Para político está soberbo!

Até encontrei um artigo escrito por ela mas, como tinha fotografia, nem cheguei a lê-lo. Acho que tinha a ver com um assunto qualquer social e politicamente relevante. Nem por isso mudou o meu voto!

Enfim, acho que vou fotografar aves…

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