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Os mitos urbanos

Não tenho bem a noção como é que um mito urbano nasce. Imagino que comece como uma tanga com um ar minimamente credível que alguém passa a um amigo. Essa treta passa a ser distribuída e adulterada de pessoa em pessoa, até que – quando ganha uma forma tão monstruosa quanto fantástica – é essa a versão que acaba por se tornar mais difundida.

Exemplos de mitos urbanos? Pessoas que ardem espontaneamente sem motivo aparente, visões diversas, experiências “do oculto”, alucinações colectivas, etc. Toda a gente conhece alguém que tem uma história destas para contar.

Há outros mitos, porém, que pareciam ter ficado encerrados há uns anos, quando o Heavy Metal era um estilo de música novo e irreverente. Quem é que não ouviu as histórias de que certos discos tocados ao contrário possuem mensagens satânicas? Estos mitos nasceram na altura dos discos de vinil, pois era possível utilizar a nossa própria manápula para os fazer rodar no sentido inverso. Alguém aqui já tentou fazer isso?! Já repararam na trabalheira que dá tentar tocar uma porra dum disco de vinil continuamente e no tempo certo?!

Depois dum mito tão criativo quanto o dos discos de vinil, pensar-se-ia que as comunidades religiosas e seitas norte-americanas semi-fundamentalistas (os principais responsáveis pelo lançamento e difusão destas tangas) permanecessem dormentes. Como seria possível superar a história do “vinil com mensagens satânicas”, provavelmente a grande tanga do século? (juntamente com a história dos americanos terem chegado primeiro à Lua, mas isso é tema para outros posts…)

Eis então que decidem atacar músicos e culpá-los directamente por assassínios e suicídios de fãs. Curioso, não? Aqui já nem se debate o contra-senso que é um músico querer assassinar um fã, passando-lhe mensagens subliminares através da música (outro mito cada vez mais desmentido pelas mais recentes investigações no domínio da Psicologia). Afinal, que raio de artista é que quer ver o seu público assassinado?! Quem é que lhe vai dar o pão para a boca?

Mas volta sim, volta não, lá ouvimos destas tretas.
É também curioso reparar na fixação que esta malta tem por supostos rituais de assassínio de animais por parte dos artistas. Parece que querem convencer-nos à força que existem mesmo salas de espectáculos neste planeta, em países minimamente civilizados e inseridos em Estados de direito, que permitem sacrifícios públicos de animais em palco.

Há uns anos (bastantes), Blackie Lawless, o vocalista duma banda chamada Wasp (alguém aqui tem mais de 30 anos de idade?) era acusado de soltar um bando de pintaínhos em palco e pisá-los com possantes botas da tropa. Não é que alguém tenha visto algum video disto, mas era um boato que circulava na altura. (curiosamente, o nome Wasp surgiu após o baixista Rik Fox ter pisado, acidentalmente, uma vespa à saída da sua casa. No entanto, novos boatos sugeriam que o verdadeiro nome da banda era W.A.S.P., cuja sigla significava “verdadeiramente” We Are Sexual Perverts. O próprio baixista Rik Fox, uns anos mais tarde, em apreciação jocosa ao facto da banda ter tido tantos membros diferentes, sugeriu que o nome W.A.S.P. devesse antes significar We’re All Side Players.

A lista de músicos e artistas vítimas deste tipo de boatos e mitos é interminável. Nos tempos actuais, pensava que até o Marilyn Manson já se estivesse escapado a estas imbecilidades (especialmente após a entrevista de Michael Moore no Bowling for Columbine, onde demonstra ser um tipo inteligente, normal e perfeitamente consciente do mundo do showbiz em que está inserido. É que a imagem de “duro” e “ganda maluco” é apenas uma outra forma de comercialismo. As bandas de rap e hip-hop que o digam).

Eis então que mais um adolescente nos Estados Unidos decide disparar indiscriminadamente para cima de colegas e professores, suicidando-se em seguinda (clique aqui para ler a notícia).

É claro que a culpa de alguém assassinar alguém nos Estados Unidos só pode ser devida à música que essa pessoa ouve. Afinal, quantas vezes é que vocês ouviram falar de alguém que envergava uma t-shirt da Celine Dion antes de embarcar numa matança daquelas à antiga? Não funciona, pois não? A ideia é ganhar pica para o banho de sangue; e não ficar com a lágrima ao canto do olho. (embora, no meu caso, ouvir Celine Dion me deixe também com pica para matar alguém…)

Aquilo que mais me revolta é quando jornalistas de ir ao cu, como esta tal de Helena Tecedeiro que assina a notícia no DN, afirmam nas suas notícias coisas como “No dia do tiroteio, Asa usava a coleira de cão, o verniz preto e a T-shirt de Marilyn Manson. Foi por causa do excêntrico cantor, que ataca galinhas à dentada em palco, que Asa foi suspenso.”

Caro provedor do Diário de Notícias, não estará na altura de pedir à dita Helena Tecedeiro que lhe apresente a sua carteira de jornalista, só para ver se por acaso não se trata duma falsificação?
Não sei se estarei a ser picuinhas, mas a mim parece-me que a Helena está a acusar o Marilyn Manson de ser directamente responsável pela suspensão do rapaz, bem como afirma peremptoriamente que o artista “ataca galinhas à dentada em palco” (provavelmente descendentes dos pintaínhos que sobreviveram aos ataques de Blackie Lawless dos Wasp…). Ou será que as galinhas já se encontravam fritas e assadas? Assim sendo, também eu tenho a confessar que – por vezes – ataco galinhas à dentada na intimidade do meu lar.

Já agora, amiga Helena, eis uma novidade que vou partilhar só consigo. Mas não conte a ninguém, pois o meu amigo que trabalha nos bastidores do espectáculo não quer ser responsabilizado. Sabia que nos concertos do João Pedro Pais e da Mafalda Veiga, antes do espectáculo, eles encontram-se na caravana das traseiras, bebem sangue humano directamente duma jarra da Vista Alegre e desfiguram criancinhas com tacos de baseball forrados com arame farpado? Não acredita! A sério! Então o meu amigo, que trabalha lá e tudo, ia mentir-me?




Eu não possuo nenhum comentário a falar, pois nem perdi o meu tempo lendo esta porcaria, já que imagino que seja igual a outra que você escreveu em fevereiro deste mesmo ano lembra? sobre a extinção humana, eu só estou aqui perdendo o meu precioso tempo para lhe pedir encarecidamente que leia o comentário revoltante que você escreveu naquele fatídico dia e leia o comentário que eu fiz em relção aquela porcaria, é interessante você vai gostar.
Só para saber: Eu sou brasileiro ( se você não sabe o que isso signifique como eu imagino, brasileiro é quem nasceu no BRASIL ) estou dizendo isso, pois imagino que um ignorate como você só possa ter nascido em portugal e eu tenho 18 anos. E para me certificar de que você vá ler o meu comentário semana que vem eu copio e colo aqui para você já que eu imagino que este é o seu texto mais recente, porém se você não quiser que eu faça isso é só deixar um comentário aqui mesmo nessa página dizendo que já leu e o que achou para eu ficar sabendo. Até breve.


Então um brasileiro é alguém que nasceu no Brasil…. genial! Como é que uma merda dessas nunca me ocorreu? Pena que não vos tenhamos ensinado a escrever melhor, mas não se pode ter tudo.

É o que eu digo, há gente que só tinha a ganhar se bebesse menos café…


olha Derik, … só agora ao fazer uma busca a mitos urbanos li o que escreveu o André e o teu comentário.. , não sei o que foi escrito antes, mas de qualquer forma tenho um comentário a fazer-te… gostava de te lembrar que foi um ignorante portugues que descobriu o brasil, se não.. provavelmente ainda andarias hoje a saltar de bananeira em bananeira! Perdoem-me os outros respeitaveis brasileiros, povo incrivel que não merecia que este “senhor” se identifica-se com tal nobre país. Fico á espera, uma vez que nõ li o que o André escreveu em Fevereiro, de puder ler o que foi escrito e se é assim tão revoltante, ai diriei de minha justiça. Quanto a este sobre mitos urbanos: concordo a 100%. É verdade, por causa dos diz que disse, muitas mentiras se ouvem por ai..

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