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Emoções fortes na Feira do Livro

Há uns dias, quando esteve um calor valente, fui à Feira do Livro de Lisboa.
Parecendo que não, a Feira do Livro ainda é uma coisa que tem as suas vantagens: conseguimos arranjar leitura a preços mais simpáticos (embora não tão simpáticos assim), fazemos exercício físico a percorrê-la (um exercício físico bastante diferente daquele que habitualmente se pratica no Parque Eduardo VII) e, o mais importante, conhecemos alguns dos nossos autores favoritos que por lá andam a autografar os seus livros.

StiltonHá qualquer coisa de acolhedor em ouvir a senhora a anunciar, pelos altifalantes, a presença na Feira de grandes nomes das letras, como José Saramago, José Hermano Saraiva, José Rodrigues dos Santos, Vítor Baia ou Gerónimo Stilton. Sim, o “mais famoso rato editor do mundo” (link) também esteve presente!
Mal soube disto, dirigi-me tão depressa quanto pude à respectiva banca: não é todos os dias que se pode ter o prazer de privar com uma ratazana gigante que escreve livros. Lá chegado, a desilusão tomou conta de mim. Aquele não era o verdadeiro Gerónimo Stilton! Era um gajo! Um gajo escondido debaixo dos enchumaços de um fato completo de rato a cumprimentar a inocente pequenada!

Vim-me embora, revoltado. Mas tenho, desde então, uma dúvida que não me larga:

Nos dias de calor extremo (como aquele), calculo que não deva ser agradável estar encarcerado dentro de grossos fatos completos, alusivos a bicharada. Será que, quando o pseudo-Gerónimo Stilton caiu para o lado (sim, porque isso só pode ter acontecido), o INEM e os Bombeiros se esforçaram por manter a farsa? Será que, para não darem um desgosto às criancinhas presentes, lhe fizeram massagem cardíaca e respiração boca-a-boca por cima do fato?




Parecia uma cena de zoofilia.
Eu acho que era o verdadeiro escritor, que simplesmente gosta de se vestir de ratazana, aliás vi há pouco tempo na T.V. que há uma comunidade que se veste de animais fofinhos.


Sou eu outra vez. Acabei de ler que foi encontrado num gabinete do Tribunal da Boa-Hora, um rato em adiantado estado de decomposição.
Será que ele morreu mesmo do calor e como não acabou a sessão de autógrafos foi a Tribunal?
Estou arrepiada.

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