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“Che Che”, o documentário de Manoel de Oliveira

Ontem foi terça-feira. Um dia antes de hoje e um depois de antes de ontem. No entanto foi na quinta-feira que, quando cheguei a casa, ansioso por ver o que a nova edição da Visão me reservava, percebi que aquele seria o primeiro dia do resto da minha vida. E, acreditem ou não, não precisei de mais do que trinta segundos para constatar que esta, em nada se comparava às outras que eu lera.
Na capa estava o Sr.Ikea, dono da multinacional sueca de móveis, sentado num bonito sofá vermelho. Todo sorridente e enxuto fitava-nos com um certo ar paternalista, procurando em nós o aconchego desejado. O calor que dele emanava, em tudo contrastava com a frígida paisagem que se estendia atrás de si. Não me contive: num súbito ataque de indignação espetei-lhe dois crencos e rasguei-lhe o lábio. Hoje arrependo-me. Na parte de trás estava um anúncio da Triumph…
Mas questiono-me: como pode alguém dar tamanha visibilidade a um patife desta envergadura? Sejamos racionais! Um homem que faça do acto de montar um móvel num enjenhoso puzzle quase ao nível de umRumikkube, a única coisa que merece é o Inferno! Na passada semana tentei montar uma poltrona que trouxe e a única coisa que até agora consegui foi fazer dela um bonito bibelot temático egípcio, em forma de pirâmide agastada pela erosão. Talvez com tempo consiga abrir um Portugal dos Pequenitos à custa deles.
Mas, o melhor desta revista ainda estava para vir. Ao chegar à página das citações deparo-me com uma das maiores parvoíces dos últimos tempos. Manoel de Oliveira, num momento de particlar infelicidade disse algo deste género: “Não sou como o Woody Allen que faz um filme por ano. Eu, em 2006 fiz três e vou já a caminho do quarto”. Mesmo partindo do pressuposto que Manoel não faz referência a nenhuma assoalhada nesta frase, ela continua a ser um expectacular momento de senilidade. Algo quase ao nível de escrever “espetacular” com x.
Será que o Olivas nunca ouviu a célebree frase de James McNeill Whistler que diz algo como “um artista não é pago pelo seu trabalho, mas pela sua visão”? Provavelmente não, mas também não interessa, uma vez que a citação não está assim tão bem conseguida, na medida em que ambos estão bastante bem servidos de dioptrias.
Mas, Manoel pareces padecer da mesma patologia de Cid: o complexo de inferioridade. Porquê a insistência de os artistas se compararem? Eu compreendo que às vezes precisemos de nos afirmar, mas, Manu do meu coração, não me parece que precises disto para dar nas vistas. Está bem que queres mostrar que ainda estás aí para as curvas e que fazes longas-metragens na boa ( e se a expressão longa-metragem ganha toda uma nova dimensão quando associada ao teu nome ), mas não havia necessidade pá…
Depois admiras-te que Al Hilali tenha como sub-texto informativo “guia espiritual da comunidade muçulmana na Austrália” e tu simplesmente “97 anos”…




es tao estupido…..so uma graça divina te pode ter proporcionado tamanha habilidade….:P
mas pronto digamos que da para ver o autor atraves das suas palavras….se bem que nao estava a espera k treinasses as tuas karatekices nas costas duma moça da Triumph……:S


Ahhhhhhh…Está explicado o porquê da má qualidade do cineasta mais velho de Portugal (se não do mundo)e também o mais pitosga!!Está-se-me a parecer que o Oliva nunca ouviu a máxima de certas pessoas (especialmente professores do Secundário)que qualidade não é o mesmo que quantidade!! Será que o Sr. Manoel precisa de voltar a fazer o exame nacional de Português? E porque não um exame psicológico? É que, sinceramente, parece-me que o Sr. Três-Filmes-A-Caminho-Do-Quarto está a ficar…mumificado!


como é que se pode confiar numa multinacional cujo serviço de entrega ao domicilio se chama CTT? …


Quisera esse amiguinho fazer filmes como os do Woody Allen.
Aníbal, estou desapontada. A tua única fonte de coisas sexys é a Visão?

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