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Pipocas e… Martini

Eu gosto de ir ao cinema. Há quem diga que, hoje em dia, com a existência de coisas como a televisão por cabo, os DVDs ou a pirataria massificada na Internet, o cinema é uma indústria moribunda… Mas eu continuo a descobrir uma magia especial de cada vez que me sento naquela sala escura.
De algum tempo a esta parte, contudo, há uma coisa que progressivamente me tem vindo a incomodar: a publicidade antes da sessão. Enfim, já é chato (para dizer o mínimo), que uma pessoa seja bombardeada por publicidade de cada vez que se senta a ver um bocado de televisão (o único consolo é que alguma da publicidade que por aí anda acaba por ser superior à muita da programação que temos); é maçador não se poder andar na rua sem avistar dezenas de outdoors que nos tentam convencer que não podemos viver a nossa vida sem a novíssima máquina de lavar roupa que atinge 2500 rotações (eu não podia pôr alguma da minha roupa numa máquina dessas: vaporizava-se por completo). Mas, agora, ser forçado a assistir a publicidade num local onde temos de pagar entrada – isso é que já me parece algo excessivo!
Mas pronto, o cinema está em crise, as bilheteiras não chegam para cobrir os gastos e, afinal de contas, vivemos numa sociedade de consumo: a publicidade faz parte daquilo que somos. Portanto, se eu tiver de gramar com anúncios antes da sessão que paguei para assistir, pois seja! Só uma pergunta: porque raio tem de ser sempre o mesmo anúncio?! Já são uma data de vezes que vou ao cinema e, vez após vez, lá vem o mesmo anúncio da Martini. Aquele em que um indivíduo chega a uma esplanada e começa a escavar um buraco de todo o tamanho para depois espetar com uma porra de um girassol no cimo do monte de terra resultante.
É que, ainda por cima, este não é um anúncio que me seja indiferente. Não, este incomoda-me em particular! E todos sabemos que, frequentemente, os anúncios têm enredos idiotas; mas este é especial. O que me faz confusão não é sequer a inverosimilhança do conceito, nem é o facto de as pessoas da esplanada ficarem com um ar intrigado a ver o trabalho do artista, também não é o facto de o personagem principal levar a sua avante sem que apareça alguém a ordená-lo que pare, que lhe pergunte que o que está a fazer, ou que, pelo menos, lhe peça uma licença da câmara… O que me dá mesmo cabo da cabeça é o facto de o tipo ser capaz de cavar um buraco aí com um metro de largura por um e meio de profundidade, e sair de lá de dentro com a sua camisa branca de linho num estado impecável! Nem um grão de terra, nem uma mancha de suor, nem uma ruga: a camisa parece que acabou de sair da lavandaria. E, notem-no bem, eu sei que é publicidade, e sei que a camisa sai limpa porque rugas e sujidades várias não ficam bem na imagem (a menos que seja um anúncio a um detergente para a roupa; aí, até convem exagerar!). Mas mesmo assim, eu não consigo deixar de pensar, de todas as vezes que vejo o maldito anúncio, em «como é que este gajo consegue manter uma apresentação impecável?».

Gostos à parte, há que louvar o trabalho dos criativos da Martini que idealizaram esta publicidade. Afinal de contas, estamos perante o trabalho de pessoas que não hesitaram em rumar contra a corrente, que não tiveram medo das consequências adversas que o seu arrojo lhes poderia trazer. Com efeito, enquanto todos os seus pares da indústria de bebidas alcoólicas se esforçam por conferir uma aura de sofisticação aos seus produtos (“Vou já comprar Bohemia, quero ser cool como o Pierce Brosnan!”), as pessoas da Martini não recearam fazer um anúncio onde são ilustrados, de forma brutal, os malefícios do consumo alcoólico. Lição n.º 1: quando se está bêbado, fazem-se coisas estúpidas; cavar um buraco gigantesco no meio da via pública é uma delas. Lição n.º 2: quando se bebem uns Martinis a mais, pode-se perder a noção das distâncias. Resultado: temos um trabalho do caraças para fazer um monte de terra com dois metros e meio de altura, para depois descobrirmos que nos enganamos na porcaria da janela a que havia de ficar encostado! Aliás, se virem o anúncio com atenção, dá para perceber que, no fim, quando a amada vem à janela e o personagem principal ergue o seu copo de Martini na sua direcção, ele não está a fazer um gesto que signifique “olha o que fiz para ti, querida! Vamos brindar ao nosso amor e tretas do género”, mas sim “desculpa lá ter-me enganado na janela, mas já bebi umas quantas coisas destas…”.




ehehe tá bem visto está!
esta semana fui ao cinema do El Corte Ingles e tambem visionei as repetições do anúncio da martini. E fiz-me exactamente essa pergunta, como é possivel terem o descaramento de por 15/20 min de anuncios, quando pagámos 5.40euros pela porcaria do bilhete! Já por não falar no preço alucinantes das pipocas (é quase um 2º bilhete).
Secalhar é para nos elucidar a beber uns copitos a mais antes de nos sentarmos na cadeira, porque assim a percepção de ver a dobrar é nossa.


Ora aqui está ums interpretação que não me tinha ocorrido.
Genial este ponto de vista.
🙂


Que piada… Realmente fazer humor com a publicidade no cinema, é algo de muito original.
quando as pessoas não tem nada para fazer de util para a sociedade, fazem piadas sobre tudo, mas pior sobre o nada.


Já o Sr. Gay, aqui em cima, que não gosta do site mas não descola, não consegue ver piada em nada, se fosse mais ao cinema ocupava o seu tempo, em vez de estar a ler as baboseiras do DQD. Xô, ser superior, xô,


Antes de mais, o meu obrigado aos leitores Maria Machado, Cláudia Fontes, Dr. Jeep, e todos os outros que, mesmo não comentando, leram o texto e lhe acharam alguma piada. Não quero dar a impressão que estou a dar mais importância às coisas que menos interessam.

Falando nisso, Jeremias Cagay. Tu andas mesmo desesperado, não é? Sabes, ninguém te obriga a escrever um comentário a cada post que aqui se faz. Claro, se queres fazer figuras tristes, isso é lá contigo…
Eu só respondi ao teu comentário no outro texto porque, lá no fundo, consegui encontrar alguma razoabilidade no que escreveste. Agora, este não passa, à falta de melhor expressão, de uma idiotice pegada.
Em primeiro lugar eu estou, como decerto muitos outros estarão, curioso em saber porque é que um esclarecido teórico do humor (mas só mesmo teórico, não é verdade?) considera que uma piada sobre nada é intrínsecamente pior do que uma piada sobre alguma coisa. Humor sobre nada parece-me algo muito interessante, quer do ponto de vista conceptual como do ponto de vista estético, e não me parece que, à partida, seja pior do que humor sobre algo em particular. Desde que tenha piada… Mas, elabore, por favor!
Não que isto seja para aqui chamado: eu estava sobre a impressão que o meu texto era sobre alguma coisa (publicidade no cinema e, concretamente, publicidade ao Martini). Se conseguires provar que, de facto, aquilo não passou de um exercício dadaista, tiro-te o chapáu.
Tinhas de dizer mal de alguma coisa, não era? Não encontraste nada; inventaste. Mas fizeste isso mais do que uma vez! Reparemos nesta pérola de sabedoria: aparentemente, para ti, eu não faço nada de útil para a sociedade… Peço perdão, mas nós conhecemo-nos? Gostava que me explicasses o que sabes da minha vida para poder avançar com tão arrojada sentença. Tanto quanto sabes, eu posso ser um bombeiro que anda por aí a combater os incêndios de que tanto falas. E quem diz um bombeiro diz qualquer outra coisa – não interessa. A questão é: tu não sabes.
Tinhas de dizer mal de alguma coisa, não era? Não encontraste nada; inventaste.
Já agora, das tuas palavras depreendo que tu, contrariamente à minha pessoa, não és daquelas pessoas inúteis para a sociedade. Uma sugestão: aplica os teus dons de filântropo noutro local. Não é que me incomodem os teus comentários, não é que não haja muitas pessoas a lê-los, o que se passa é que, ou muito me engano, ou já ninguém liga ao que dizes. Os nossos leitores sabem distinguir entre opiniões inteligentes, sustentadas por uma argumentação articulada e racional, e estupidez ou dor de cotovelo (riscar a que não interessa, se é que há alguma).
Uma nota final: se escevi isto tudo, não foi porque me sentisse atingido pelo teu comentário. Como creio ter demostrado cabalmente, era frágil e imbecil. Escrevi o que escrevi para que não pensasses, no cume da tua soberba, que me tinhas cravado uma longa farpa. E escrevi também para te dizer que, de futuro, tens carta branca para comentar todos os meus artigos as vezes que quiseres. Escusas é de esperar uma resposta da minha parte. Só entro em diálogo com pessoas que partilhem esta coisa a que chamamos “racionalidade”. Não ando aqui para te fazer sentir importante (“eh pá! Estes gajos estão danados comigo! Olha só para o tamanho da resposta deste tipo! Sou lixado!”), ando aqui para escrever o meu humor e tentar fazer as pessoas rir. Se o leitor tiver alguma crítica a fazer a um texto meu, mas uma crítica que decorra do próprio texto e não da simples vontade de mandar abaixo quem começa a ter alguma notoriedade, então ela será muito bem recebida.
Resta-me pedir desculpa aos leitores do DQD que não são perdidos nem achados no meio desta coisa toda. Não vos maço mais com isto.


É pá descobri este site por mero acaso… e só tenho a dizer que me tenho divertido a ler os artigos.

Parabéns a todos ;D

Ps: Jeremias Cagay se realmente precisas de atenção arranja uma namorada.


Ora bolas… agora que eu estava a pensar em adoptar o Jeremias Cagay (mais os seus comentários imbecis) como animal de estimação do DQD, voltam-se todos contra ele… não há direito!

Cagay, volta! Volta!
Senta! Dá a pata! Comenta, Cagay, comenta!


lol
Voces para humoristas são todos muito serios…
Gostam de brincar com os outros e com certas situações de vida, mas depois quando vos toca ficam todos revoltados e ate partem para a ofensa pessoal…
Caros amigos permitam-me que lhes diga que acho fabulosa a vossa contra ofensiva aos meus comentarios… Até que enfm estamos perante um blog interessante… Não é que não o fosse antes, mas eu nunca o tinha lido…lol
Não levem a vida tão a serio, assim ficam velhos depressa… e não levem tudo tão a peito porque no fundo voces ate tem alguma qualidade,não muita atenção,:) sendo por isso que eu comento aqui e não noutro blog.

Abraos ao Toscano e ao troviscal…
Voces vão ver que um dia ainda vamos fazer o Trio-Odemira…lol
Abraços


Good boy! Good boy! 😉


Ao contrario do dito anteriormente sobre o cagay(será nome inspirado no meio de um alivio do wc?)ele é muito util á sociedade, não há melhor forma de se demonstrar a revolta e menospreso pelos outros fazendo criticas sobre as criticas(valiosamente humoristicas)e eu vendo os cagays fico aliviado(não de wc)de me sentir diferente (vivido vivendo e sorrindo feliz por nao ser frustado e conflituoso.

continua assim cagay para dares bons exemplos como não se deve ser. um muito obrigado ao sr. cagay(hoje ainda não aliviei)


Se eu me chamasse Augusto Fontão, com toda a certeza que também seria assim…
Procure um bom psiquiatra, não lhe garanto a cura, mas pelo menos um com um Xanaxzinho, o seu cerebro deixaria de ser De Ca-Gay, para algo mais feliz.
O teu namorado deixou-te foi???

Abraço cheio de carinho


Como devem ter dado conta, há muito que deixei de falar com esse individuo.


Epa, acho que pensei o mesmo que o “João” quando fui ver os X-Men last stand … é algo irritante, mas ok, ajuda a criar um sede extra pelo filme que vamos visualizar. Já agora está a valer este forum

Com os melhores cumprimentos!


Boas tardes!
Sou o que se pode chamar a voyer dos blogs, visito este à já algum tempo e hoje pela primeira vez comento-o.
Não que os brilhantes comentarios do mestre André não tenham já valido a pena a intervenção, mas sim porque se já cedi a tentação de ler blogs, ainda ando pé traz com esta coisa de comentar… chamemos-lhe mais uma de muitas outras pancadas, enfim, em breve espero curá-la de vez.
Hoje quebrei a rotina para dizer aqui “ao curioso personagem Jeremias, o fora de contexto”estas 4 pequenas palvras:

ÉS UM GRANDE IDIOTA.

E pronto… tá dito. Só mais uma coisita, esta página não é uma espécie de virus que se abre automáticamente no teu PC assim que o ligas, pois não? Entao… pá porque carago dum raio é que te dás ao trabalho meu??
Vai mas é ver as pistas da Blue, e deixa a malta curtir o blog sem cenas.
Saudações!

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