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Novamente os espanhóis…

Será que sou só eu que fico lixado quando vou às compras e leio embalagens de produtos com descrições em português e em espanhol? Eu compreendo que a ideia seja facilitar a distribuição de produtos para a Península Ibérica. Mas, se não tivermos cuidado, onde é que isto vai parar?!
Haverá imagem mais angustiante do que um tipo de 30 anos, nas compras no Continente, sozinho, em frente a uma montra frigorífica gigante, a tentar decidir se vai levar iogurtes de “morangos fresas” ou “pêssegos melocotons”? Raios me partam! Ao início, nem sequer percebi que aquilo eram duas línguas diferentes! Pensei que fosse alguma espécie de morangos ou pêssegos feitos em laboratório e com teor calórico mais reduzido.
Mais triste ainda é reparar que certos produtos que compro religiosamente, como os cereais Corn Flakes, agora até possuem inscrições em grego. O que deve dar um jeitaço, note-se! Afinal, se os nossos filhos (para quem os tiver) começarem agora a associar diversas línguas nas embalagens dos produtos, isso vai trazer-lhes benefícios importantes no que toca à aprendizagem de línguas estrangeiras no futuro. Não tarda muito, todos aqueles empregos e oportunidades que abundam na prolífica Grécia estarão ao alcance deles…
E enquanto esperava a minha vez na Caixa 16 (os homens são assim: quando descobrem uma caixa que gostam, para quê mudar?), pús-me a pensar em que outras situações da nossa vida em sociedade se poderia aplicar o princípio das inscrições em várias línguas.
Lembrei-me quase automaticamente (o que não deixa de ser preocupante) das prostitutas que se encontram espalhadas por Lisboa. Porque não cartazes com preçários bilingue? Em vez de andarem a passear de um lado para o outro, podiam sentar-se numa confortável cadeirinha como qualquer vendedor de melões à beira da estrada, com um placard do seu lado a descrever as modalidades praticadas e respectivos preços em diversas línguas. Seria qualquer coisa como

Os mais astutos de entre vós decerto repararão que o preçário espanhol está ligeiramente mais inflaccionado.
Lá porque as raparigas alugam o corpinho não quer dizer que sejam estúpidas. Até elas sabem que o nível de vida em Espanha é superior ao nosso (não tivessem muitas delas estagiado lá…).

Quem diz prostituição, diz notícias no telejornal (prostituição jornalística, como se diz no meio).
Com a compra da TVi pelos espanhóis, quanto tempo levará até que o noticiário da noite seja emitido em modo de split-screen, com a Manuela Moura Guedes dum lado e uma espanhola qualquer a dar as mesmas notícias do outro? Podiam até competir para ver qual delas possui os maiores lábios artificiais da Península Ibérica! Os restantes canais levarão mais algum tempo até agarrarem esta inovação. Provavelmente começarão por colocar dois quadradinhos nas partes inferiores do ecran, com uma rapariga a traduzir o telejornal para linguagem gestual em Português (num dos quadradinhos), e outra a traduzir para surdos-mudos espanhóis (no outro quadradinho).
Já a legendagem de programas e filmes vai ser um bico d’obra…
Se quisermos português e espanhol, passaremos a ter legendas nas partes inferior e superior do ecran. O que, junto com os logotipos da estação, a bolinha vermelha no canto superior direito e sabe-se lá que mais, vai fazer com que tenhamos de abandonar o formato rectangular wide 16:9 para voltarmos às formas mais quadradas do antigamente. O verdadeiro problema é que nós sabemos que os espanhóis são uns preguiçosos do catano para ler! Preferem ouvir (o que não deixa de ser curioso para um povo que fala que se desunha). Por isso, o mais natural ainda vai ser termos filmes dobrados em espanhol, e legendados em português. Coincidentemente, palpita-me que vai ser essa a altura em que emigro para Inglaterra…

É claro que isto das inscrições bilingues está apenas agora a começar.
Os iogurtes, cereais e preservativos que compramos já as trazem. E ninguém liga, ninguém se revolta.
Dentro de poucos anos, português e castelhano competirão ferozmente lado a lado.
Não haverá menu de restaurante que não possua ementas bilingues. Os taxistas aprenderão a falar e a praguejar em espanhol. Os portugueses mais sensíveis e patrióticos fugirão para o campo ou para países evoluídos, apenas para não terem de ouvir um cauteleiro a dizer coisas como “¡Buenos días! ¿usted tienen gusto de comprar un boleto de la lotería?”.
Ou será que isto é mania da perseguição?
O es isto mania de la persecución?




Desde que o nosso governo também seja espanhol, não me importo de ser bilingue.


CABRONES DE PORTUGUESES!

VOSOTROS NUNCA LLEGARAM A LOS TOMATES DE LOS ESPANOLES!

VIVA FRANCO!


Porque raio é que os portugueses quereriam chegar aos tomates dos espanhóis?! Mais depressa chegamos às mamocas das espanholas… Muito mais interessante, não?

Já agora, satisfaça-me uma curiosidade, meu “amigo espanhol” (livra, que isto não se diz, nem a brincar!). Se Portugal é assim tão pior que Espanha, porque é que você vive cá? É que o seu endereço de IP é de origem nacional. A internet está assim tão pouco evoluída em Espanha?


Preciso urgente de maiores informações sobre descrições de embalagens bilingues (português/espanhol), e informações científicas.
Enviar material para e-mail: claudianareal@hotmail.com

Agradeço a todos.

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