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Haja decência, por amor de Deus!

Às vezes, não tenho nada para fazer aos fins-de-semana. Quando isto acontece, um dos meus entreténs favoritos é ir assistir a enlaces matrimoniais para os quais não fui convidado. Por outras palavras, gosto de ser um penetra nos casamentos (e nada de piadinhas porcas com a palavra “penetra”, hem! Antes de começarem a exercitar a vossa mente javarda releiam o nome do post, se faz favor). Garanto-vos que é uma maneira bem divertida de passar um sábado. Então se for um daqueles casamentos em que não há uma distribuição preestabelecida dos convidados pelas mesas no copo de água, é diversão garantida para uma data de horas!
Bom, mas afasto-me do meu assunto. Quero contar-vos aquilo que presenciei recentemente num destes casamentos. Ia eu a passar em frente à Igreja de Xabregas quando vejo um ajuntamento de pessoas que, nitidamente, aguardavam pelo início de um casamento. Eu nem ia com ela fisgada, mas como a bola só começava às 19:45, lá decidi ficar por ali um bocado… Notava-se que não devia de faltar muito para o início da cerimónia: o noivo já estava no altar, os respectivos convidados já ocupavam os seus lugares, e os convidados da noiva já iam entrando pela Igreja. A noiva não deveria tardar. Com efeito, alguns minutos depois, lá entra a dita nubente; e é aqui que começa o escândalo.
Ora, esta era uma noiva de, digamos, formas generosas. Não só tinha formas generosas, como sabia que tinha formas generosas (leia-se “voluptuosas”), e isso notava-se no vestido que tinha escolhido para a ocasião: branco e comprido, como manda a tradição, mas que acompanhava e favorecia o seu corpo perfeitamente delineado, acabando num arrojado e revelador decote.
Poderão já estar a pensar (e com razão!) que uma indumentária deste tipo põe em cheque toda a santidade, nobreza e pureza indelévelmente associados a esta sagrada ocasião. É verdade, e tal tem de ser dunúnciado! Contudo, para mim, isto nem é o pior: então e o Sr. Padre? Será que esta autêntica Prostituta da Babilónia pensou, por um único momento que fosse, que a conjugação daquele corpo com aquele vestido poderia ser uma fonte de transtorno e desconcentração para aquele homem de Deus?! Pois se o desgraçado do celebrante se fartou de se enganar durante a missa! Extava chempre a falar achim (ah, espera, isso é capaz de ser assim mesmo), trocava as passagens e as leituras, deixou cair a Bíblia… É que enquanto as outras pessoas só têm de se confrontar com este deplorável espectáculo aquando da passagem da noiva a caminho do altar, ficando depois, e durante o resto da cerimónia, a olhar-lhe para as costas, o pobre do Sr. Padre está durante o tempo todo de frente para a meretriz. Mais ainda: o celebrante mantém-se num plano mais elevado que a nubente, pelo que o angulo de visão é ainda mais tentador. E depois admiram-se que o coitado fique nervoso e confuso… Ora, toda a gente sabe que uns seios generosos, enquadrados num decote revelador, são tal e qual o rabiosque maroto de um jovem rapazinho…




Nunca esperei um fim destes: mas devia (só podia). Ah!
Parabéns.


Essa é daquelas cenas que só têm piada se for testemunhada. Contada não mete tanta graça.


Deve ser deve…
Lembraste-te foi do “Wedding Crashers”, e vai daí bora lá mandar um bitaite


LOL
Mto bom! Gostei do final casapiano-heretico-anti-padralhada.

Relativamente ao comentário Nº3, gostaria também de dizer ao autor do post o seguinte:
BEM QUE ADIVINHASTE! 😉 ha gente mto previsível e com mau gosto em filmes!


Pois, teve de facto influência na publicação do post, mas a história não é exactamente essa…
Na realidade já tinha este texto escrito há algum tempo e a aguardar publicação. Entretanto, apareceu o trailer do “Wedding Crashers” e eu pensei imediatamente: “‘Dass, agora toda a gente vai pensar que escrevi isto por causa do filme!”. Inclusivamente, comentei isto com pessoal amigo (o Dragffys já se acusou). Acabei por decidir publicá-lo sem alterações (podia ter cortado o pretexto do fura-casamentos, e ter simplesmente dito que fui há tempos a um casamento onde aconteceu tal e tal…), e antes da estreia, para desvanecer qualquer ideia de eu ter visto o filme e, eventualmente, ter-lhe roubado uma qualquer piada (já agora, pelo trailer, o filme não parece ser grande coisa…).
Enfim, é o que dá querer fazer render o peixe…

P. S.: A propósito, o próximo post que publicarei é que nasceu da sessão de cinema onde vi o trailer do “Wedding Crashers”.

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