siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

A economia nacional

– Estou sim? Sandra?
– Sim.
РAqui ̩ o Andr̩ Toscano, tudo bem?
– Ah! Olá, André!
РSabes porque ̩ que estou a ligar, ṇo sabes?
– Pois, julgo que sim… Mas olha, não sei se…
– Julgas que sim… tão fofa! Dinheiro! Massa! Cacau! Graveto! Pilim! Guita! Enfim, tu sabes o que é que precisamos.
– Sim, eu sei.

– E estamos à espera há uns tempitos, Sandra…
– Pois, eu sei. Desculpa. É que isto está complicado…
– Eu explico-te, Sandra. Vocês devem-nos algumas massas, e nós precisamos delas. Ora se vocês têm esse dinheiro e nos derem, vocês ficam um pouco mais pobres, mas nós ficamos um pouco melhor! (risinhos)
– Aham…
– Nós estávamos com o mesmo problema há uns tempos atrás: “Ah, e tal! Precisávamos de fazer umas obras mas não sabemos se vamos conseguir…”. E sabes que mais?
РO qu̻?
– Fizemos o raio das obras e agora estamos a pagá-las.
– Ok.
– Por isso, nós precisamos de dinheiro para pagar tudo. E como vocês têm dinheiro para nos pagar, nós pensámos que… estás a ver a ideia, não estás, Sandra? É um ciclo vicioso.
РClaro, Andr̩. Olha, eu vou falar com a contabilidade e vamos ver o que podemos fazer.
– Obrigado, Sandra. Em todo o caso, se preferires posso sempre aparecer aí no vosso escritório com dois pastores alemães, violar-vos a todas, filmar e pôr as gravações na net!
– Credo! (risos) És sempre a mesma coisa, Toscano!
РEnṭo e tu? Continuas jeitosa?
– Não sei…
РE quando ̩ que vamos dar uma voltinha os dois?
РAndr̩̩̩! Eu sou uma mulher casada.
– Pois, eu também sou casado. Mas os nossos cônjuges não têm de saber, pois não? Já fizeste mais algum piercing?
РPiercing? Mas eu ṇo tenho piercing!
РAh! Desculpa, pensei que estava a falar com a Sandra da recep̤̣o!!
– (risos) Ai, este gajo! Só tu para deixares uma mulher bem disposta a esta hora da manhã…
– Ok, Sandra. Fico à espera de notícias tuas. E passa-me então à Sandra da recepção, se faz favor (risos)
– Queres que passe mesmo?
РClaro que ṇo, cara̤as! Estou a brincar contigo! At̩ amanḥ.
РAt̩ amanḥ, Andr̩. Beijinhos.

Escrevam o que vos digo, amigos teóricos.
O funcionamento da economia não se sustenta numa base de relações de poder e obrigatoriedades legais.
Sustenta-se e sobrevive na comunicação.

Moral da história: apenas mais um dia na Audiolog.

Pensem nisto, seus devedores descarados…

Deixe o seu comentário