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Coisas que mexem connosco

Quando tudo parece negro, há por vezes pequenas coisas que nos fazem ter esperança nisto a que chamamos vida. Os leitores mais antigos saberão que me refiro, claro, aos contentores do lixo todos modernaços que me instalaram perto de casa (os leitores que não fazem a mais pequena ideia daquilo a que me refiro, farão bem em visitar este link. E depois este. Pensando bem, mesmo os leitores que sabem do que estou a falar farão bem em seguir os links… “Recordar é viver”, como diz o imortal Vítor Espadinha).

É por isso que a realidade nos atinge com particular violência quando nos apercebemos que, afinal, nem sequer estes autênticos faróis de optimismo estão imunes à monstruosa tragédia.

Ora, reparem no triste espectáculo com que me deparei noutro dia, quando cumpria o meu salutar ritual de entregar o saco com o meu lixo ao bonacheirão gigante verde (os mais impressionáveis deverão abandonar a leitura deste post de imediato!).

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Oh, horror! E logo o pedal! Porquê que ninguém faz daquelas campanhas anti-mina aqui em Odivelas! Um contentor sem pedal é meio-contentor! É um contentor que se vê atingido na sua… “contentoriedade”.
Como é que agora é suposto operarmos esta delicada peça de maquinaria? Com as mãos, como os animais?!

Isto cheira-me a uma vingança alimentada pela inveja! Desfigurarem o contentor logo no seu ex-líbris… Coincidência? Dificilmente.

Nos últimos dias tenho ido deitar o lixo fora a uns contentorzecos que estão na rua de cima… Não é o mesmo. Uma pessoa afeiçoa-se às coisas, e depois não é fácil mudar, por muito aliciantes que sejam os substitutos (e estes, tenho de o admitir, são-no, com os seu brasão, fulgurante, bem enquadrado ao centro do corpo!), sentimos sempre falta do “nosso” contentor, e das suas comodidades únicas.

O contentor da minha rua, já não o vejo há algum tempo: ando a evitar fazer o caminho por aí, para não ter de encarar esta desgraça…




Cheira-me a homicídio. Aquilo são pingos de sangue?


Que horror! Um contentor sem pedal é como um jardim sem flores!

Proponho fazer-se uma mílicia popular para patrulhar as ruas à noite, já que é sabido que o ladrão volta sempre ao local do crime.

Urge encontrar rapidamente o vilão que desfigurou este (outrora) belo contentor, resgatar o pedal roubado e castigar o vilão com umas belas pedaladas na cabeça! Só assim poderá haver justiça para os contentores deste país!

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