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O lobby das urtigas volta a atacar!

Há muito, muito tempo, escrevi um post nesta vossa casa onde dava conta de um lançamento revolucionário no mundo dos lacticínios: queijo de urtigas (e, agora que volto a olhar para os comentários desse post, vejo que nunca chegámos a responder ao Sr. José Vicente, que simpáticamente recorreu ao DQD na esperança de ver resolvida uma sua inquietação sobre alho…).

Eu andava convencido que isto dos produtos gastronómicos com urtigas não passava de um pontual delírio de um qualquer louco furioso que tinha arranjado um emprego como product developer numa fábrica de queijos, após uma espectacular fuga da instituição psiquiátrica onde recebia tratamentos frequentes à base de choques eléctricos e inalações de amoníaco.
Mas a realidade parece ser bem diversa. E digo isto, porque hoje tive a boa sorte de encontrar o seguinte refresco numa arca frigorífica de uma superfície comercial (por coincidência, ou talvez não, a mesma onde já tinha comprado o queijo):

Sim, um belíssimo sumo, aparentemente com propriedades calmantes, que tem como um dos seus ingredientes… Ora deixa cá ver… URTIGAS! Urtigas, e mais um conjunto de porcarias que agora gostam de juntar aos sumos das pessoas, como “magnésio” ou “aloé vera”… Eu tenho saudades daqueles tempos em que os refrigerantes tinham coisas simples, como conservantes ou reguladores de acidez, e em que a coisa mais esquisita que podíamos encontrar era um vestígio do fruto anunciado no rótulo…
Ora, refresco de urtigas. Isto é que tinha sido um acompanhamento em condições para a sandes de queijo de urtigas! É que, agora, já não o encontro à venda… Porque será que deixaram de o comercializar? Às tantas, ninguém comprava aquilo!

Bom, mas vamos à análise. Numa palavra: desilusão. Eu ia preparado para uma experiência limite. Daquelas que, a meio, ainda não sabemos se as vamos sobreviver ou não (como daquela vez que comi 5 Fisherman’s Friends de uma vez e depois bebi água fresca). Em vez disso, saiu-me um sumo meio manhoso, com uns sabor a não sei bem o quê (cá para mim, é o sacana do magnésio que está a dar cabo desta porra toda!)… Isto é andar a gozar com as pessoas! Quando se abre uma garrafa que tem a palavra “urtiga” no rótulo, estamos à espera da sensação de uma lixa de madeira embebida em picante de jindungo a arrepiar caminho garganta a baixo. Afinal, é um suminho fresquinho e suavezinho que até mata a sede e tudo…

Agora que penso nisso, lembro-me que já o queijo também era completamente deficitário em termos de experiências entusiasmantes. Esta malta das urtigas não passa de uma cambada de tenrinhos, pá!

Enfim, pode ser que arda à saída…




Se te arder á saída… vai ao médico. De certeza que é outra coisa qualquer.

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