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Lacto-dominação

Provavelmente, depois de eu publicar este post, a PJ ainda vai dar com a minha cabeça decepada dentro de uma manjedoura qualquer. Mas eu nunca fui de me furtar à verdade, e estou disposto a apregoá-la independentemente dos incómodos que certos “poderosos” poderão sentir. Não temo retaliações, e é por isso que denuncio aqui que

A indústria dos lacticínios é uma autêntica máfia.

Aliás, é ainda pior do que uma máfia: o Al Capone, durante a Lei Seca, só queria trazer um pouco de felicidade e alegria ao povo, fornecendo-lhe álcool e jogo ilegal. A gente dos lacticínios tem vistas mais largas: o seu objectivo é o domínio global e controlo mental da população mundial (para quando um filme do 007 onde o vilão é o director de uma produtora de leite multinacional?).
Por muito duro e chocante que tudo isto possa ser, esta é a mais pura das realidades. É difícil de aceitar porque todos nós fomos criados na mentalidade do “o leitinho faz bem à saúde”, mas, se pensarem nisso, depressa chegam à conclusão que este tipo de mentalidade é só mais um exemplo da monstruosa maquinação totalitária que denuncio. Cá para mim, esse leite em que confiamos, e que bebemos deste tenra idade, está carregado de uma qualquer substância psicotrópica que nos levará, inevitavelmente, a uma obediência cega aos diabólicos barões do líquido branco. A sabedoria popular ainda nos avisa para os malefícios do consumo de lacticínios, ao dizer que “o queijo provoca esquecimentos”: pois claro, quem é hipnotizado raramente guarda memórias desse acontecimento.
A razão que me leva a fazer estas acusações é muito simples: a indústria do leite leva-nos a fazer coisas que nunca faríamos se não houvesse por aqui um qualquer mecanismo oculto de controlo mental. Um exemplo: o leite coalhado. Como é que se convence alguém que não esteja devidamente endoutrinado, a consumir leite coalhado? Claro, chamam-lhe “iogurte”, em vez de “leite coalhado”. Mas então e ter de explicar o que é um iogurte a quem ainda não foi submetido à lavagem cerebral? «Isto é feito a partir de um líquido segregado pelas glândulas mamárias de um bicho grandalhão. Pega-se nesse líquido e deixa-se que uns seres microscópicos actuem sobre ele, tornando-o numa pasta mais espessa e amarga (no caso do iogurte natural)». Não me parece…
Outro exemplo: o queijo Roquefort. Há mais algum produto alimentar que tenha de estar coberto de bolor para ser comestível? E como é que se sabe se o queijo está estragado? Se calhar, se não tiver bolor, o melhor é não comer…
Pois bem, este horrendo plano de dominação global conheceu hoje mais um tenebroso capítulo. Eis o que encontrei na estante frigorífica de um supermercado:

Queijo com urtigas

Espera lá: queijo com URTIGAS?! Se calhar não são urtigas a sério… Deixa-me cá ver os ingredientes disto: «Leite de vaca, urtigas, cebolinho, alho, corante: beta-caroteno». Ok, são mesmo urtigas… Urtigas, por Deus! Será que depois das nozes, do alho e das ervas aromáticas, o melhor que conseguiram arranjar foi urtigas?!
Comprei um porque achei que 1,25 € até era um preço razoável por um item tão deliciosamente bizarro. Aliás, eu creio que o preço reduzido faz parte da estratégia implacável de marketing deste produto («- Chefe, inventei um queijo com urtigas!»; «- Urtigas? Estás maluco, ou quê? Nem com a lavagem cerebral que temos feito sistematicamente conseguiremos vender isso…»; «- Conseguimos, pois: se for baratinho…»; «- Ah, ok!»). Isso, e a embalagem com os coraçõezinhos (como é que é possível juntar corações e urtigas numa mesma embalagem?).
Como dá para ver pela fotografia, já abri e – espantem-se – provei um pedaço da dita iguaria. Primeiras impressões: sabe a urtigas. Falando a sério, até que nem é mau. Contudo (e não sei se isto foi a minha imaginação a pregar-me uma partida), devo confessar que, minutos depois, senti a minha língua a ficar dormente…
Se já estiverem completamente convertidos ao jugo imperialista dos lacticínios (como eu, de resto), são bem capazes de gostar disto. Pelo que me toca, fico ansiosamente à espera do eminente lançamento do queijo com lâminas de barbear…




ola!! daqui fala o vosso fã nr. 7334, o vosso site esta muito cool, mas vocês nunca mais actualizaram o vosso podcast com novas coisas, gostava que fossem ao meu blog que ainda esta em evoluçao e sem ideias, http://www.bodeinspiratorio.blogspot.com, e se for possivel comentassem,

abraços, jleao


Aquilo tem o aspecto daqueles sacos de sangue para as transfusões.Por outro lado, uma vez que a língua fica dormente, este queijo deve ser o ideal para servir aos políticos para ver se não mentem tanto.


Porra! Tens de me dizer que raio de supermercado é esse… Primeiro são as latas de atum Risonho, depois é queijo com urtigas. O que é que se seguirá? Tarte de marmelada com peixe frito?
Esse supermercado é sito em Lisboa? Ou na Twillight Zone?


Fantástico! E as portas que isso abre! Queijo com azedas (de qualquer modo, a gente já as mastigava na escola), queijo de alfazema (ao contrário dos outros queijos, deliciosamente aromático), queijo de cacto (para os mais fortes), etc, etc


Bom, o queijo e o atum foram comprados em supermercados diferentes… E um é português e o outro alemão. Será isto um sinal de uma globalização da bizarria no sector gastronómico?


Gostaria de saber se o consumo excessivo de alho provoca algum malefício no organismo humano.

obrigado José Vicente

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