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Quem é que os protege a eles?

Um dos problemas de se tomar uma parte pelo todo é cometer-se erros de avaliação quando não se deve. Um exemplo deste fenómeno é o caso da chamada violência doméstica. Quando se pensa em violência doméstica, que imagens é que nos ocorrem? Provavelmente cenas de homens a agredir mulheres, como naquelas montagens manhosas e desfocadas a que os blocos noticiosos recorrem quando falam destas coisas. (sou só eu que acho que os canais deviam recorrer a actores e efeitos especiais para recriar cenas verdadeiramente gore?)

Mas esse é o problema da falta de representação de minorias. Eu compreendo que a violência doméstica seja um flagelo. E admito que haja por aí muito cobarde que mais merece estar atrás das grades a apanhar sabonetes, em vez de permanecer na companhia duma fêmea da espécie. Mas se cada vez que falarmos de violência doméstica apenas pensarmos nas mulheres, estamos automaticamente a discriminar todos os homens que também são vítimas deste tipo de crime.

Sinceramente, não me consigo imaginar a queixar-me à polícia de que levei uma tareia da minha mulher. Até porque, verdade seja dita, não posso dizer que não tenha gostado da maior parte das tareias que levei de mulheres. Mas isso são casos à parte.

É que nem todos os homens têm a sorte de ser como eu. Grandes, fortes, possantes, quase como pequenos cachalotes em duas pernas e capazes de mandar abaixo uma parede com uma simples sopradela. Há muitos homens enfezaditos, pequenos e desprotegidos, que não são capazes de levantar a voz para se salvar.
Quem é que protege um homem pequenito dum ataque duma calmeirona de pêlo na venta, pergunto eu?

Um homem que se queixe à polícia nem deve ser levado a sério. Os agentes de serviço provavelmente pensam que ele está bêbado e mandam-no de volta para casa (altura em que ele se arriscará a levar novamente no focinho).
Não se pode queixar aos amigos, pois seria humilhante. Muito menos às amigas, pois esse tipo de homem não costuma ter amigas.
E no trabalho, então, é melhor nem pensar!

As mulheres sofrem muito com estes problemas da violência, não há dúvida. Mas podem recorrer à polícia ou a associações diversas. É claro que não é uma situação ideal, mas é melhor que nada.

Só que nada é aquilo que os homens desprotegidos têm.
E eles existem, quase de certeza. É estatístico. Se há pessoas que gostam da ideia de fazer sexo com criancinhas, animais e latas de Coca-cola, podem ter a certeza que há por aí meia-dúzia de homens a comer na cara dia sim, dia não.
Quem é que os protege a eles?

Por isso, se você conhecer algum homem que sofra na intimidade do seu lar, ou se você mesmo for um desses homens, diga-nos qualquer coisa. Nós não gozaremos com a sua condição e procuraremos ajudar como pudermos. Mas nada de nos andar a ligar directamente para os telemóveis, hein?! Senão…




Não desfazendo da importância da questão gravíssima que é a violência doméstica (especialmente contra os homens pequenitos: os pobres dos homens já são pequenitos.. precisam mesmo de sofrer mais uma humilhação??), o que na realidade me levou a fazer o comentário foi o 4º parágrafo.. tem uma das melhores descrições que eu já li!:

“homens (..) grandes, fortes, possantes, quase como pequenos cachalotes em 2 pernas capazes de mandar abaixo uma parede com uma simples sopradela” – Ui. Simplesmente brilhante 🙂


Eu farto-me de apanhar lá em casa. Ajudem-me!

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