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A sorte dos astrólogos

Se há coisa que nunca percebi é porque é que os astrólogos, tarólogos, e outros(as) charlatães não são das pessoas mais bem sucedidas, sortudas e ricas deste planeta. Afinal, saber “ler os astros” e “ouvir o Universo” deve ser uma vantagem do caraças, não? Eu nem digo que eles sejam capazes de descobrir a chave do Euromilhões (afinal, qualquer um é capaz de descobrir a chave do Euromilhões. O problema é descobri-la antes do sorteio). Mas saber apenas se devem jogar ou não, em determinado dia, é uma vantagem inegável que possuem em relação ao cidadão comum. Ou será que a magia branca da Santa Casa consegue anular a magia negra das “ciências ocultas”?

Fazer juz ao dito popular de “Em casa de ferreiro, espeto de pau” é a única forma de explicar porque é que certos astrólogos sofrem exactamente dos mesmos males que o resto dos seres humanos. Ou isso, ou então os astrólogos não passam mesmo de charlatães que se alimentam da ignorância dos mentalmente desfavorecidos (que horror! Ai de nós sugerir uma coisa dessas!!)

Tal como aconteceu com um auto-intitulado espiritualista do Porto. Clique aqui para ler a notícia.

Víctor Silva, certo dia, viajava calmamente no eléctrico do Port… perdão, no Metro do Porto, provavelmente para se dirigir a uma importante sessão de aconselhamento espiritual ou consulta de fisioterapia, quando o improvável aconteceu. O Metro deu um solavanco ao sair duma estação! Uma vez que se encontrava de pé, no dito transporte público, embora estivesse aleijado e de muletas (o que, por si só, nos dá uma demonstração do nível de inteligência que podemos esperar desta classe profissional), Víctor Silva foi projectado para trás, tendo caído e – supostamente – aleijado ainda mais a sua pessoa.

Não estou interessado em dissertar acerca dos enredos legais em que Víctor Silva e o Metro do Porto estão envolvidos (para isso, cliquem na ligação e leiam a notícia).
Aquilo que me pasma é porque é que os astrólogos insistem em não ler os seus próprios horóscopos. Tenho quase a certeza que, debaixo do signo de Víctor Silva, estava escrito para esse dia qualquer coisa como “Saúde: hoje não é um bom dia para andar de pé em transportes públicos. Apanhe um taxi, ou então aguente-se à bronca.”

Curiosamente, este último conselho parece ter sido precisamente o que a seguradora do Metro do Porto lhe transmitiu. O que prova que, por muito imbecil que este mundo se esteja a tornar, há sempre alguma justiça para ser apreciada.

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