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Estou a ficar velho!

Há uns tempos, ouvi alguém referir que um bom indicador de que estamos a ficar velhos é quando entramos num elevador e se encontram a tocar as músicas que gostávamos de ouvir quando éramos jovens. No meu caso, por enquanto, ainda não há muito esse perigo, tendo em conta que grande parte da minha adolescência foi passada a ouvir Slayer, Sepultura e Coroner.

Acho que temos de mudar as premissas. A história da música já não pega. Eu tenho 33 anos e ouvir Metallica é hoje mais mainstream do que quando eu os ouvia há 15 anos. Mas o mesmo não aconteceu com os Slayer, já que montes de gente nem sabe quem são. Mesmo apesar deles ainda andarem por aí a cagar discos todos os anos, e alguns com a mesma pica dos bons velhos tempos (embora os entendidos talvez concordem que não vai haver outro Reign in Blood tão cedo…).

Eu proponho que se mude da referência da música para a referência do cinema.
Há uns anos, tínhamos um Arnold Schwarzenegger (se não estiver bem escrito, não me lixem! Sabem a trabalheira que dá escrever o nome deste gajo?!) a rebentar com robots mais evoluídos e a lutar, ora contra humanos, ora contra as próprias máquinas. E era um papel que ele desempenhava bem, pois não havia necessidade de demonstrar qualquer espécie de emoção humana. Aquela cara-de-pau com óculos escuros, mais do que aplaudida, era mesmo requerida para o papel.
Resultado: foi para a política.

Terá sido coincidência que o Jesse Ventura, parceiro de Schwarzenegger no lendário Predator, tenha seguido também o mesmo caminho? (Jesse Ventura tornou-se governador do estado do Minnesota)

Já nem falo de Ronald Reagan ou de Charlton Heston porque são actores-tornados-políticos cujo percurso artístico não acompanhei.
Mas o último que parece interessado em seguir pelas vias menos próprias do showbiz (a política, portanto) é, nada mais, nada menos, que Val Kilmer (se vem no Diário de Notícias, só pode ser verdade).

Pergunto-me eu, com que lata é que um gajo que representou o Batman (um super-herói de duas identidades, como toda a gente sabe), e o Santo (um herói de múltiplas caras) se lembra de ir para a política?

E daí, se calhar respondi à minha própria pergunta. É inegável a relação entre a política e a actuação. E a verdade é que nem o Schwarzenegger nem o Jesse Ventura se deram muito mal nos respectivos cargos políticos. Ok, talvez não sejam grandes diplomatas (nem precisam ser, com aquela musculatura toda…), mas a verdade é que eles também não eram propriamente bons actores.
O que nós temos de nos perguntar é porque é que actores medíocres conseguem ser tão bons na política como supostos políticos de carreira?
Será que é por isso que os governos desprezam as artes em função da Defesa, por exemplo? Não por falta de sensibilidade, mas porque sabem que qualquer artista minimamente treinado é capaz de lhes tirar os lugares?

Ah, sei lá! Estou mas é a ficar velho! No fundo, estou na idade certa para voltar a ouvir bandas como Sepultura e Coroner… (ou acham que é por acaso que o último disco dos Metallica tem uma imagem dum caixão na capa? Eles bem que disseram que este disco não ia desapontar os fãs mais antigos… Ainda não o ouvi. Estou à espera que chegue o meu aparelho auditivo…)




Devo ter parado no tempo. Ainda ouço Coroner (qualquer dia aparece-me à frente) fui ver os Slayer ao SBSR, e já ripei o Death Magnetic (só para chatear o Lars). Tenciono comprar o CD. Conseguem misturar merda com caviar, mas também quem é que gosta verdadeiramente de caviar?

Velho estou eu com dois putos na escola, sogro e sogra. Ao menos já te livraste destes últimos.

Bambi-2
Dr. Jeep-0


Vê lá se me convidaste para ir ao concerto de Slayer… se calhar foste com os putos. Estou a ficar velho!!!


Perdeste um bom concerto, até porque o Couve Lombardo está de volta. Esses sim estão velhos, mas a bombar ao vivo como há 20 anos atrás, e sem recorrer àqueles truques de esticar refrões para o público cantar enquanto descansam. Já nem falo dos Maiden, que nunca fui grande adepto, mas honra seja feita, só tocaram temas com barbas, quase duas horas sem parar. Parecia um CD.

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