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Tamanhos

Os meus colegas aqui do DQD podem confirmar: Não sou uma gaja gorda. Nem sequer sou “forte”, que é um dos eufemismos mais estúpidos que circulam na língua portuguesa, quase quase ao nível do “de cor”. Sou razoavelmente alta e um pouco roliça. Sou um tanto ou quanto rechonchuda. Tenho curvas. Tenho chicha. E sou, definitivamente, mamalhuda. É um facto. Não sou nenhuma Dolly Parton ou Pamela Anderson Lee, mas visto a mítica copa DD. Muitos leitores do sexo masculino dirão certamente que não há nada de errado com isso.

Mas toda a rosa tem o seu espinho, e para além dos óbvios problemas de coluna, há outras consequências menos agradáveis de ser dotada do chamado “belo par de mamas” (as palavras não são minhas, atenção!). Uma dessas desvantagens: é praticamente impossível comprar roupa que me agrade neste país.

E porquê? Ora, hoje em dia, o tamanho L é uma espécie em vias de extinção nas lojas mais acessíveis. Já nem falo do tamanho XL!… Mas encontrar uma camisa que me sirva (sem parecer que vai rebentar a qualquer momento) na Pull and Bear ou na Stradivarius, por exemplo, é a tal agulha no palheiro. Em algumas lojas de roupa interior então, nem vale a pena procurar. Só fazem soutiens até ao tamanho B, ou seja, para quem apenas tem maminhas – quem tem de mamocas para cima que se lixe. Outras lojas tentam disfarçar esta falta de tamanhos maiores aldrabando as etiquetas. Um casaco marcado L é na realidade um M, e pequenito.

Isto faz-me confusão! Não somos um país de magricelas e enfezados, somos o país do Cozido à Portuguesa, da Açorda de Marisco, da Feijoada à Transmontana! Isto para não falar do belo Pastel de Nata! Qual será a razão para este fenómeno?

Por um lado, parece que os fabricantes de roupa estão na cama com os ginásios. Fazem-nos sentir gordas e desadequadas por não conseguirmos caber nas suas minúsculas roupas, para nos incentivar a passar horas em cima de uma passadeira rolante que não nos leva a lado nenhum, e pagar rios de dinheiro para isso.

Por outro lado, parece-me que esta redução de tamanhos na moda jovem tem uma causa bastante mais simples… Todos sabemos que a Europa está em crise. As empresas lutam pela sobrevivência, e fazem tudo para cortar nas despesas. As marcas de roupa não são excepção, e encontraram uma maneira fácil de gastar menos dinheiro: usar menos tecido, eliminando os tamanhos grandes. Afinal, se uma peça de roupa custa o mesmo ao consumidor seja de que tamanho for, parece óbvio que os tamanhos grandes dão menos lucro.

Infelizmente para nós, mulheres bem constituídas, a crise está para ficar. Mas para os homens deste país pode não ser assim tão mau. Afinal, se a poupança de tecido continuar, as saias vão ser cada vez mais mini, os tops cada vez mais curtos e os decotes cada vez maiores! Querem melhor?




Não tarda estamos aí de tanga, novamente…


Então mas és assim tão “forte” que não caibas nem nos maiores tamanhos? É que eu também tenho uma amiga que é bastante roliça e consegue vestir roupas das ditas marcas…


É verdade diz que disseiros…???


Hein?


vocês também são de Alvalade.. IUUUPIII!!! E eu a pensar que lá era só gente velha…


Para dizer a verdade, só emitirei uma opinião quando puder ver o modelo descascado, isto com o devido respeitinho, é claro…

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