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Strippers no Metro, sr. Primeiro-Ministro!

Exmo. Sr. Primeiro-Ministro José Sócrates,

Antes de mais, gostaria de lhe agradecer neste “post aberto” as medidas sociais que tenciona implementar no nosso país. E não digo isto a brincar. Ser Primeiro-Ministro deve ser das profissões mais difíceis de qualquer país (tirando, talvez, o trabalho em minas de carvão…). E sabemos bem que a maior parte da população é constituída por gentalha que não tem a capacidade de compreender a dura agenda que afecta a nossa classe política. Por isso, e em resposta às medidas do novo Passe Escolar, comparticipações sociais diversas, etc. agradeço-lhe profundamente.

Ora bem, os preços dos passes sociais não me afectam directamente, uma vez que não utilizo os transportes públicos, tal como o sr. Primeiro-ministro. Mas compreendo que, quanto mais gente se sentir tentada a utilizar os referidos transportes, mais espaço ficará disponível na estrada para os automobilistas circularem. Assim sendo, qualquer medida que coaja os cidadãos a utilizar os transportes públicos é útil e interessante (para mim).

Mas as viagens em transportes públicos não têm necessariamente de ser experiências atrozes e angustiantes. E é por isso que lhe venho sugerir uma sequência de eventos que, não só ajudará a melhorar o estado de espírito da população urbana, mas ajudará também a contribuir para os cofres do Estado de diferentes formas.

Tenha a bondade de ler com atenção as seguintes sugestões, sr. Primeiro-Ministro:

Legalize a prostituição

Ninguém gosta de andar à margem da Lei. Dizem que a justiça é lenta, branda e ineficaz no nosso país, mas é chato ter de andar a vida inteira a olhar para trás das costas e a ter de fugir para mansões em Londres. Para além disso, parece-me um contra-senso – nos dias que correm – criminalizar a actividade dum cidadão, ou cidadã, cuja única culpa é querer ganhar a sua vida a dar prazer a outros cidadãos. O sr. Primeiro-Ministro não tem nada contra o prazer, pois não?

Por isso, comece por legalizar a prostituição, para que a dita profissão (que se diz ser mais antiga que a sua) ganhe o estatuto que merece na nossa sociedade, seja regulada sanitariamente, pague imposto, contribua.

Para além disso, não lê as notícias que denotam o aumento da actividade no nosso país? Parece-me que está aqui a perder uma excelente oportunidade de negócio. Até as facções eclesiásticas da Opus Dei estão mais ou menos de acordo em relação a isto.

As energias renováveis são importantes, não há dúvida. E Portugal pode dar cartas na matéria. Mas acho que – ao ignorar a profissão mais velha do mundo – está também a ignorar o potencial económico das “energias sexuais renováveis”. Toda a gente gosta de sexo, duma forma ou de outra. É assim que estamos construídos. É bom para o corpo, é bom para o espírito, vital para a manutenção da espécie. Porque não aproveitar para inovar aí também e conjugar a Lei com a nossa natureza humana?

Strippers no Metro, sr. Primeiro-Ministro!

Parece-lhe absurdo?
Então clique aqui e dê uma olhadela no que se está a passar no Metro do Chile, mesmo aqui ao lado (do Oceano Atlântico).

Digo-lhe sinceramente, sr. Primeiro-Ministro, no dia em que o Metro de Lisboa decidir enveredar por colocar strippers nas carruagens de Metro para animar a população, vai haver muito mais gente a largar o automóvel e a comprar passe social! (e eu vou ser uma dessas pessoas)

Não quero ser sexista, por isso proponho que também haja carruagens destinadas a strip masculino, gay, fetichista, carruagens para swingers, strip amador onde qualquer um pode participar, etc.

Sr. Primeiro-Ministro, se o sexo vende, porque não metê-lo à venda, taxá-lo como qualquer outro negócio, e tirar o país do buraco em que se encontra? (ou colocá-lo no buraco, se quiser enveredar por uma interpretação mais literal das minhas palavras…)

Na realidade, tenho cá uma desconfiança que a prostituição ainda não foi legalizada porque é o seu estatuto ilegal e recôndito que a torna tão atraente. Tal como, por vezes, ouvir “Não!” pode ser o maior turn on. O que também explica o nascimento da expressão “Não é não!”. (expressão que os réus do caso Casa Pia deviam desconhecer na altura dos crimes)

Enfim, estas coisas são complicadas demais para mim. Mas é para isso que eu lhe pago. Para você pensar nas coisas que eu não tenho interesse ou capacidade para resolver sozinho.

Pense nisto, sr. Primeiro-Ministro. Pense nisto. Você até é um homem bem parecido, com o tipo de cabelo grisalho que tanto sucesso faz com as mulheres hoje em dia. Não gostaria de ficar homenageado nos anais da História (novamente, pode levar para o lado literal…) como o Primeiro-Ministro da Libertação Sexual?

Sr. Sócrates, faça do nosso país o seu Platão!




Espectáculo simplesmente sem palavras… EU VOU


Então e nos táxis?


Nos taxis é mais complicado. Trata-se dum problema de economia de escala. Sai mais barato ter uma stripper a servir dezenas de utentes numa carruagem de Metro, do que ter uma stripper em cada taxi. Isso só iria aumentar ainda mais as tarifas, numa altura em que os taxistas já se vêem à rasca para arranjar clientela.


muito bem visto André..
és o maior pá:):)


Só hoje é que li este post, mas não quero deixar de dizer que está simplesmente divinal!

E, de facto, o sexo vende – não é por acaso que este post tem 4 comentários ao passo que os outros já estão mais despidos da nossa participação 😉

Acho no entanto que strippers nos autocarros também era uma boa ideia – colocava-se mais 1 varão a meio do autocarro et voilá!, danças de varão! (sempre uma mais valia nos transportes públicos, como todos sabem) 😀

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