O Tarkl é uma dança inovadora que nasceu (oficialmente) em Fevereiro de 2008, na Venda do Pinheiro (Portugal).
Embora se consiga imaginar que muita gente pelo mundo fora já tenha dançado o Tarkl, os créditos são atribuídos ao humorista Nuno Markl, dado que foi o primeiro homem que teve a coragem de o dançar em frente a câmaras de televisão, num programa de grandes audiências, em directo, em horário nobre.
É por isso que o nome desta nova forma de expressão musical reflecte – precisamente – a contracção da conhecida dança Tango com o apelido do humorista (Tango + Markl = Tarkl, caso a explicação não tenha sido suficientemente óbvia para alguém…)

As imagens do primeiro Tarkl nasceram no programa Dança Comigo (09/02/08), embora a mãe de Nuno Markl tenha confidenciado à imprensa que possuía videos caseiros do seu pequeno a dançar (citamos) “algo que se parecia com o Tarkl enquanto o pai preparava as brasas para o churrasco. No final, ficámos sem saber se o rapaz estava a dançar ou se se tinha queimado. Mas como achei piada, continuei a filmar.”
Infelizmente, sempre que se inquire Nuno Markl sobre a existência destes videos, o mesmo cora de imediato, emitindo visíveis sinais de consternação e afirmando que as cassetes (aquilo que se usava antes dos DVD’s que, por sua vez, era aquilo que se usava antes dos downloads ilegais) se perderam na “inundação”. Facto estranho, dado que Nuno Markl vive num 17º andar. Mas quem somos nós para questionar o poder da Mãe Natureza?

A um olhar mais desatento, o Tarkl parece caracterizar-se por uma profunda falta de jeito nas artes da dança. Porém, é necessário observar com atenção o primeiro video público – do programa Dança Comigo – para se perceber a genialidade e inovação da dança.
Nuno Markl não é um palhaço. Disso sabemos nós, pois convivemos intimamente com ele (embora não tão proximamente como as suas parceiras de dança).
Por isso, que raio de justificação plausível poderá haver que explique que um homem aparentemente inteligente, no seu primor, e com uma fatiota que lhe parece assentar como uma luva, faça figuras elaboradamente descoordenadas, quase próprias dum doente recém-recuperado de doença de Parkinson?

O Tarkl não se caracteriza pela falta de jeito. Caracteriza-se, isso sim, por uma aparente falta de jeito, cujos erros são propositadamente sincronizados com os tempos musicais da música.

Se alguém tiver dúvidas, apenas precisa de clicar aqui e observar o video (levemente editado) da sua aparição no Dança Comigo.

Este video também já se encontra disponível no YouTube. Clique aqui.

Premissas para se dançar correctamente o Tarkl

1. Não há mal em (sor)rir caso aconteça alguma coisa cómica

2. As cabeçadas na parceira são permitidas (e aplaudidas) desde que coincidam com um tempo forte do compasso musical

3. São encorajadas gesticulações provenientes de outras manifestações musicais (como o clássico apontar de indicador do “Staying Alive” que, infelizmente, as câmaras de filmar da RTP não captaram em todo o seu esplendor)

4. O sucesso da dança é medido pelas risadas provocadas na audiência

5. O Tarkl é uma dança divertida: são encorajadas todas as tentativas de fazer rir a parceira

—

Sr. José Sócrates, em vez de andar a baixar o IVA aos ginásios (que eles habilmente contornam subindo os preços), incentive a prática do Tarkl em salões de dança pelo país fora! Vai ver que é mais eficaz do que pedir às pessoas para deixar de fumar e comer em excesso. Não precisa mexer nos impostos, o povo andará mais divertido (e quem é que não precisa duma boa gargalhada nos tempos que correm?) e os pés-de-chumbo (como eu) sentirão o despudor necessário para arrancar a peida do sofá e arrastá-la até à sala de espectáculos mais próxima. Vai ser bom para toda a gente.

(já agora, sr. Sócrates, excelente foto do ministro José Vieira da Silva no Portal do Governo. Não fazia ideia que o homem era zarolho. Você tinha razão: a internet serve para divertir, mas também para educar).

Deixe o seu comentário

Nome (required)

E-mail(não será publicado) (required)

Website