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A moda do carjacking

Como qualquer moda saudável, a “moda”lidade do carjacking vive hoje o pico da sua forma. Para quem esteve em coma nos últimos tempos, carjacking é aquilo que acontece quando alguém se dirige a uma esquadra da polícia queixando-se de que lhe roubaram a viatura à força, não tendo sequer deixado dinheiro para ir beber uns copos.

E segundo as alarmantes notícias de ontem nos noticiários televisivos nacionais, as autoridades andam preocupadas com o aumento deste tipo de assalto. Mas…. esperem lá! As autoridades andam preocupadas?! Ora a porra, quem deve andar preocupado sou eu, porque sou um civil que utiliza automóvel! Porque raio é que a polícia (que eu julgo pertencer à dita classificação de “autoridade”) anda preocupada e com medo? Bem sei que a criminalidade parece estar a aumentar nalguns sectores da sociedade, mas daí à polícia ter de se preocupar com carjacking, acho que ainda vai levar uns aninhos…

Em todo o caso, estas notícias pecam por não falar da nova modalidade de assalto pessoal, essa sim bastante mais perigosa: a iminente peoplejacking!

E a coisa passa-se da seguinte forma. Você vai descansado, na rua, a ouvir o último disco do André Sardet no seu iPod. E eis então que, quase por feitiço, é agarrado pelos braços por dois mânfios que o obrigam a correr com eles a uma velocidade impressionante! É terrivelmente assustador, especialmente se você for mesmo a ouvir André Sardet no seu iPod! Dizem as vítimas que não há nada pior do que ser obrigado a correr com dois marginais enquanto se ouvem cantigas como

Gostava de ser como tu
Não ter asas e poder voar
Ter o céu como fundo
Ir ao fim do mundo e voltar…

É quase como dar à música uma dimensão de banda sonora que o próprio autor desconhecia.

E é então que, no auge da corrida, aparece um terceiro indivíduo a correr em sentido oposto, e que o despoja do seu iPod e carteira enquanto o diabo esfrega um olho. Tudo isto se passa muito depressa, até porque as condições de saúde dos marginais não lhes permitem correr rapidamente durante muito tempo, à semelhança daqueles felinos que vemos nos documentários sobre a vida animal.

Acreditem, se o carjacking parece assustador, o peoplejacking é mais ainda. É que nem toda a gente pára o automóvel com as janelas abertas e portas destrancadas em pleno trânsito. Aliás, nem toda a gente tem carro (podíamos começar logo por aí). Mas para se ser vítima de peoplejacking, basta ter duas pernas funcionais e qualquer coisa que valha a pena gamar. O mercado é muito maior. E se o mercado é maior, seguindo as leis da Economia, é natural que apareçam mais jovens empreendedores com vontade de o explorar extensivamente.

A não ser que os ginásios comecem a praticar descontos especiais para os agentes da autoridade, estamos feitos! Com uns quilinhos a mais, qual é o polícia que vai correr atrás destes marginais?

Não me admira, portanto, que eles andem preocupados com a moda do carjacking. Na realidade, eles não têm medo do aumento deste tipo de criminalidade. Têm é medo que o carjacking seja suplantado pelo peoplejacking, obrigando-os a tirar os rabiosques dos assentos para ir a correr atrás dos bandidos.




Bófia que se preze, aqui na zona, anda com o livrinho de multas na mão e a caneta na outra, curiosamente, foge a sete pés quando um cigano lhe manda dois berros. 😐 Ele há coisas do catano…


Vou fugir um pouco ao assunto, mas tenho que desabafar…
Sejamos sinceros, se muitos dos jovens actualmente, não respeitam os pais, não respeitam os professores, porque raio haviam de respeitar um gajo que nem conhecem, só porque anda com uma fardinha e uma pistola do século passado no coldre? Muitas das vezes eles (jovens) têm armas mais sofisticadas que a nossa polícia…
Andaram a investir nos radiozinhos digitais novos… para depois sairem barbaridades destas:
http://youtube.com/watch?v=kjzmJxi9tSY
Ora… se ao invés de darem o dinheirinho à Motorola, o aproveitassem para investir em ginásios decentes… assim já podiam correr atrás dos manfios 😐 digo eu não sei…

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