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Portugal: a nova colónia

Partindo do princípio que você não tem estado em coma nem sob a influência de ácidos, com certeza não lhe terão passado despercebidas as alarmantes notícias relativas ao decréscimo demográfico em Portugal. Mas caso tenha, clique aqui para ver uma dessas notícias.

O país está em alvoroço! “Jasus!”, ouvimos gritar por todo o lado, “Isso quer dizer que vamos perder um quarto da nossa população até 2050!”. Sim, é capaz de ser verdade. Mas será que isso é uma coisa assim tão má? Repare-se, nós portugueses somos um pouco mentecaptos, é preciso admiti-lo. Somos péssimos condutores (excepto eu e a pessoa que está a ler isto, claro), fugimos ao fisco sempre que podemos, fazemos o mínimo possível para nos irmos aguentando, nunca chegamos a horas a lado algum, temos músicos da treta, cineastas de bosta, canais de televisão pimbas, políticos incompetentes, isto para não falar sequer da malta que escreve coisas para a internet! A pergunta que temos de fazer é: Portugal ganhará ou não com o decréscimo dos portugueses?

Bem, o facto de um país envelhecer e não renovar a sua população não significa necessariamente que fique menos populado. Muito pelo contrário. É matemático. Quanto mais espaço houver disponível, mais gente virá de fora. O que significa que – dentro de algumas décadas – este país poderá ser menos Português, mas será sem dúvida bastante mais misturado e cosmopolita.

Embora isto seja uma péssima notícia para os fascistas de extrema-direita e conservadores, não é uma coisa necessariamente má para o resto de nós. Repare-se, a América Latina (em especial o Brasil), a África e a China são apontados como os continentes que vão dar cartas e desenvolver-se exponencialmente ao longo dos próximos anos. Serão as super-potências do século XXI. Ou seja, todos aqueles que cá temos em forma de minorias (brasileiros, chineses e pretos), daqui a alguns anos deixarão de ser minorias oprimidas e quase escravizadas, e passarão a ter maior expressão na nossa sociedade. Não tardará muito até termos políticos de todas as cores, raças e credos. O que fará com que as tais minorias (bastante maiores nessa altura) se sintam mais salvaguardadas e representadas, baixando o risco de revoltas e guerras civis.

Por isso, e como forma de demonstrar a minha abertura socio-cultural a todos aqueles que vão mandar em nós daqui a algumas décadas, venho por este meio manifestar o meu apoio e solidariedade. E como falar é fácil, mas fazer qualquer coisa é sempre mais difícil, arregaço também as mangas e dou o corpo ao manifesto, deixando aqui um apelo sincero:

Estou preparado para receber em minha casa, para viver comigo, uma representante de cada um dos países que temos em minoria cá em Portugal! Se você for brasileira, chinesa, africana, checa, ucraniana ou indiana, tiver entre 20 e 30 anos e precisar de um sítio para viver, envie uma foto de corpo inteiro ao autor do site e o seu número de telefone.

Afinal, a minha casa ainda é uma casa portuguesa! Dêem-me uma oportunidade de mostrar o quão acolhedor o povo português consegue ser.




Tudo tem um começo,exemplo para a CML acaba de ser eleito um monhé.


nao um monhé…apenas um preto que por quaisquer moralidades se faz passar por branco

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