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Big Brother na Big Cage

Pois é, parece que os ex-concorrentes do Big Brother, tão habituados que estavam a ficar confinados à segurança de quatro paredes, agora fazem tudo o que podem para lá voltar. Mais um dos concorrentes do Big Brother foi preso, capturado na mega-operação de Domingo da GNR por suspeitas de furto qualificado.

Desta vez foi preso Bruno Timóteo que, na realidade, não sei quem é. E, naturalmente, estou-me nas tintas, como já estava na altura em que ele desfilava no Big Brother.

Mas perfigura-se aqui um interessante padrão. Antes disso, segundo a mesma notícia, foi preso um outro ex-concorrente do mesmo concurso – Mário Ribeiro – tendo sido condenado a sete anos de prisão por sequestro e roubo qualificado.

E não nos esqueçamos do caso Zé Maria que, após a edição dum livro que resultou num retumbante fracasso (“As mulheres de A a Zé”) e do seu restaurante que abriu falência pouco depois da abertura, foi internado no hospital Curry Cabral por tentativa de suicídio.

É claro que todos aqueles que nunca foram fãs de reality shows (como eu), agora se regozijam nas suas cadeiras e riem baixinho como quem diz “Hehehehe! Nunca pensaste que também ias ser famoso na prisão, pois não?”.

Do outro lado da história, temos familiares, fãs e amigos que acusam o Big Brother de “lhes ter dado a volta à cabeça”.

Meus amigos, os meus visionamentos de Big Brother, Acorrentados e outras merdas desse género, resumiram-se a duas horas de tempo total, ao longo de toda a minha vida. Mas posso desde já afirmar que foi tempo mais que suficiente para perceber que não foi a irresponsabilidade da produção dum programa de televisão que os transformou em marginais. Não. Foi a irresponsabilidade da produção do programa que, ao contratar arruaceiros, putas e gentalha de classe baixa logo à partida, fez apenas com que alguns destes marginais tivessem exposição televisiva. Nada mais.

A prova disso? Façam um programa sobre as vidas de todos os restantes ex-concorrentes de reality shows e vejam o que eles andam a fazer. De certeza que nem todos se suicidaram nem se dedicaram a uma carreira criminal. Mas nós compreendemos, o ser humano tem uma tendência especial para associar fenómenos díspares. Se dois deles foram dentro e um tentou meter uma bala na cabeça, a culpa só pode ser do programa, não é?

Mas vá lá, não sejamos maus! Afinal, por muito matarruanos ou desviados que sejam, tratam-se de seres humanos que precisam da nossa ajuda e apoio. Apoio psicológico que a própria produção do programa devia ter proporcionado. Pelo que deixamos um conselho, dotado de grande utilidade prática para o sítio onde agora se encontram: Cuidado ao baixarem-se para apanhar o sabonete, rapazes!!




Diz o André, na referência à notícia do Correio:

«Do outro lado da história, temos familiares, fãs e amigos que acusam o Big Brother de “lhes ter dado a volta à cabeça”.»

Sim, porque uma pessoa que entra num reality show tem a cabeça perfeitamente no sítio…


Ficaram tão viciados na exposição mediática que fazem o que for preciso para a voltar a obter.

É isso ou são broncos mesmo.


Eu ia mais pela segunda hipótese…

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