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Armas químicas

As armas químicas entram naquela categoria de armamento que já todos ouvimos falar, mas que poucos de nós tiveram a possibilidade de testemunhar ao vivo e a cores. Infelizmente, eu pertenço ao grupo daqueles que observaram de perto o efeito que uma arma química pode ter para um ser vivo.

Mais incómodo que observar uma vida a desaparecer é o facto de saber que – neste preciso momento – se encontram centenas de milhares de engenheiros e bioquímicos a trabalhar em produtos destinados, precisamente, a retirar vidas.

Ver uma arma química em acção é muito diferente de testemunhar uma ocorrência na televisão, ou ouvir apenas falar dela. A vida ora existe, ora se torce e contorce, para cair redonda no chão, asfixiada por uma força invisível, deixando o coração de bater e dando lugar a um vazio desconcertante.

Mas lá que a porra do Ezalo funciona, disso não há dúvidas, caraças!!
Lá diz o conhecido anúncio anti-melgas “Mata-as bem mortas!”.




Esse slogan é dos mais interessantes que já vi. Não há muito tempo dei com ele novamente e não pude deixar de me rir. É bom saber que não se trata de um insecticida para atordoar, mas sim para exterminar. E que, de entre os níveis de morte que parecem existir, segundo esta marca, este produto coloca-as “bem mortas”. O que seria de nós se elas ficassem apenas “mortas”…

Este Ezalo, apesar de não ter uma frase tão apelativa como a outra marca (fica-se pelo “vai-te embora ó melga…!”), é igualmente engraçada. Porque há quem prefira tratar estes assuntos com ligeireza.


Por acaso, a frase “Vai-te embora, ò melga!” também é da Ezalo! Se clicarem aqui, vão dar ao site da Ezalo e está lá esse slogan.

O mais engraçado são as vozes que aparecem logo ao início (tenham as colunas do computador ligadas). Lembrei-me logo das publicidades fictícias dos Parodiantes de Lisboa. 🙂


Continuo a preferir a força bruta, a excitação da caçada, a adrenalina da pontaria, o disparo do… chinelo, a consequente mancha de nhanha e sangue (caso o bicho já se tenha banqueteado na minha pessoa) na parede.

Enfim, todas as emoções inerentes á estação. Silly season.


Houve uma altura em que eu também achava piada à caçada. Mas depois foi passando. Lembro-me perfeitamente do dia e da hora em que o gozo terminou. Foi às 15.43 do dia 12 de Setembro de 2003. Precisamente na altura em que me passaram para as mãos a factura da Dyrup, graças às tintas que tive de comprar para renovar a pintura do quarto!

Agora só uso armas químicas. São mais tecnológicas, é verdade. Mas são eficazes, limpinhas e não dão tanta chatice. É o equivalente a oferecermos um vibrador topo de gama à namorada: ela sabe e nós sabemos que não é a mesma coisa, mas será que algum de nós se importa? Ela fica contente, e eu consigo ver o Telejornal descansado… 😉


A única arma química que “uso” em casa é… a minha cadela. De vez em quando lança a sua arma letal de tal maneira que ela própria sai do aposento para não morrer ou para não ficar com danos cerebrais permanentes. E… adeus ó melgas, moscas, gato, eu, ela etc.

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