siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

“Este é o meu gabinete e daqui ninguém me tira, catano!”

Nos últimos dias, a liderança da Câmara Municipal de Lisboa tem passado momentos complicados. Os recentes “inconvenientes judiciais” que envolvem autarcas da Câmara Municipal de Lisboa têm cativado e surpreendido a opinião pública em geral, e os alfacinhas em particular (eu, até há bem pouco tempo, pensava que era uma partida de Carnaval que estes grandes foliões, os vereadores, nos estavam a pregar!).

A grande maçada desta situação é que, agora, ninguém larga o Sr. Presidente Carmona Rodrigues. A oposição, os mídia, e até elementos do seu próprio partido: todos a exigirem demissões, tomadas de posição e atitudes drásticas que são muito desagradáveis para quem está ali, todos os dias (bom, quase todos os dias), a fazer o seu trabalho.
Não deve ser uma vida fácil, e de certeza que, por esta altura, o pobre Carmona Rodrigues já agradeceria um ombro amigo, um olhar de compreensão (porque os autarcas são pessoas como nós).
Pelo que me toca, não hesito em estender, daqui deste lado, a minha simpatia ao Presidente em funções. Acho que toda a gente anda a exagerar neste caso e que Carmona Rodrigues merece, antes de mais e acima de tudo, admiração. Não será fácil assumir, no meio daquele elemento, o papel de bastião da honestidade e rectidão. Carmona Rodrigues é um político que não tem medo de dizer as verdades, doa a quem doer!
Se dúvidas houvessem quanto a esta rectidão de carácter, estas ter-se-ão dissipado com as recentes declarações prestadas pelo Presidente da Câmara. Numa entrevista dada, há dias, quando entrava nas instalações da Câmara, Carmona mostrou ser senhor de um jogo de cintura capaz de fazer inveja ao Travolta ao dizer que o mandato não seria suspenso a Fontão de Carvalho porque o processo de corrupção em que este estava envolvido “não tem nada a ver com o Processo relativo à Bragaparques”. É importante manter esta clareza de espírito e evitar, no calor da rapidez dos acontecimentos, misturar as corrupções… Prosseguiu então (e aqui é que vem a parte da honestidade) com um apelo ao bom-senso dos jornalistas:

“Se, por esse país fora, todos os autarcas arguidos suspendessem o mandato, Portugal não estava a funcionar!”.

A sério, Carmona? São assim tantos? Calculava que isto andava mau, mas não pensava que o caso estivesse assim tão grave… Suponho que é a vantagem de estar por dentro do meio…




_ Por respeito aos meus eleitores, por nada largava a C.M.L.; a não ser… para ser administrador de alguma coisita, ou… para ser ministro de alguma coisa, ou… ministro das coisas todas, ou… presidente do ministro da coisa, ou mehor ainda… presidente dos presidentes das coisas todas.


Só de pensar nestas coisas fico com os intestinos avariados.

Deixe o seu comentário