siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

Ensacar ou não ensacar?

Alguns hipermercados e supermercados, nomeadamente o Pingo Doce, ganharam recentemente a mania de cobrar pelos sacos de plástico. Isto movimentou uma onda de protestos nos jornais como há muito tempo não se via. Uns resmungam que o custo dos sacos já estava dissolvido nos produtos que compravam e que não deviam ter de pagar mais um único cêntimo. Outros acusam as administrações das superfícies comerciais de quererem capitalizar à custa dos mais desfavorecidos.

Sendo eu um daqueles retentivos anais que levam os sacos, cuidadosamente dobradinhos dentro dos bolsos, para os poder sacar (perceberam? sacos… sacar…) em frente ao caixa, qual truque de ilusionismo do Luís de Matos, não tenho nada contra. Afinal, tecnicamente só precisamos de ir às compras uma vez. Depois, basta guardar os sacos e reutilizá-los. Há pessoas que acham esta tarefa chata e complicada. Felizmente, não sou uma dessas pessoas.

O que eu acho é que há aqui dois pontos que estão a passar ao largo de todos aqueles que discordam de mim (logo, daqueles que estão errados!).

Em primeiro lugar, ainda que se tenha de pagar 2 cêntimos por saco, a solução continua a ser uma verdadeira pechincha! Conseguem pensar em alguma coisa, por 2 cêntimos apenas, que seja mais prática para carregar compras do que o saquinho do Pingo Doce ou do Continente?

Já vi gente com mochilas em supermercados. E muitas pessoas julgam que não é mal pensado. Uma mochila é uma coisa prática e que resiste ao teste do tempo. Talvez não seja o recipiente certo para transportar grandes quantidades de produtos ou palmeiras artificiais (embora a imagem de alguém a carregar uma árvore às costas, com o vaso dentro da mochila, fosse algo que eu até apreciaria ver). Se serve para jovens e adolescentes carregarem a tralha de e para a escola, com toda a porrada que levam ao longo de um ano (as mochilas, não os jovens!), então as pessoas devem achar que estão perante um excelente exemplo de value for money.
Mas se uma mochila de qualidade média custar cerca de 30 euros, com essa quantia conseguiria comprar 1500 sacos do Pingo Doce. Se eu gastar 4 sacos por semana em compras, com esses 1500 sacos estou garantido por 375 semanas (1500/4)! Isso é o mesmo que dizer 7,2 anos! Ou seja, usar uma mochila para fazer compras é um disparate! A não ser que se use a mesma mochila, semana após semana, durante mais de 7 anos. Só aí é que esse investimento compensará.

É então que os ambientalistas torcem o nariz e nos tentam convencer que a quantidade monumental de sacos de plástico são parcialmente responsáveis pelo problema do aquecimento global que vivemos actualmente.
Ao que eu respondo:

1. Se os sacos são parcialmente responsáveis, então a culpa não é toda deles.
2. Quer eu compre sacos, quer eu faça um manguito ao caixa do Pingo Doce na altura de despejar as compras em cima da passadeira rolante, os sacos continuam a ser produzidos e estão lá disponíveis para venda. O que é outra forma de dizer que o mal está feito.
3. Já viram o frio que está? Quem é que disse que o aquecimento global é uma coisa má?!

A outra coisa que está a passar ao lado das pessoas é o facto dos caixas ensacarem ou não as nossas compras. E é contra isto que eu me revolto!

Há situações da nossa vida em que sabemos o que é esperado de nós. Se eu utilizar uma estação de serviço, por exemplo, já sei que terei de ser eu a meter o gasóil no meu carro. Se jantar num restaurante decente, já sei que não preciso de pôr nem levantar a mesa. Mas o que é que eu hei-de fazer quando o caixa passa o aparelhinho com o som irritante no código de barras dos meus Frosties?
É que alguns caixas (no Continente do Colombo, pelo menos) têm o hábito de ensacar as compras dos clientes. Mas no Pingo Doce são raros os que fazem isso.
O que nos deixa numa situação algo desconfortável. Deveremos comportar-nos como pessoas do povo e desatar a ensacar os produtos que comprámos? Ou devemos deixar os produtos acumularem-se numa pilha capaz de concorrer em altura com a árvore de Natal do Millennium? Estaremos a meter-nos no trabalho dos caixas se ensacarmos os produtos? Ou devemos tossir disfarçadamente se virmos que a pilha está a começar a ficar grande?

É por isso que eu acho que, na realidade, esta história de cobrar pelos sacos não passa duma cabala. Uma cabala perpetrada pela administração dos supermercados, juntamente com os funcionários, não para proteger o ambiente, mas para nos manter num estado de tensão e nervosismo. E como as recentes investigações psicológicas indicam, quando as pessoas estão nervosas têm a tendência para comprar mais.

Estou disposto a batalhar por um mundo melhor, e por um país melhor também. Não estou interessado, como alguns cronistas de jornais avançaram, em que hajam avisos proeminentes de que nos vão ser cobrados os sacos das compras. O que eu gostaria de ver, isso sim, é uma indicação como “Avisamos os nossos estimados clientes que não ensacamos compras!”




E no McDonalds,devemos ou não arrumar o tabuleiro como na cantina da escola? É que este assunto sempre me fez uma enorme confusão. Já agora, qual a sua opinião?

Saudações natalícias.


Acho que já houve um post sobre essa história dos tabuleiros do McDonalds. A ver se descubro… er… ah! Está aqui!


Eu uso o menos sacos possível, se as compras cabem em 3 sacos, para quê usar seis como as caixas querem fazer? Não gosto que elas me arrumem as compras, porque arrumam tudo à baldex: batatas por cima das uvas; latas de atum com bolachas; peixe com a manteiga etc.
Depois coloco no Ecoponto do plástico os sacos excedentes, para fazer outros sacos ou uma bicicleta para a minha tia.


Desculpem. Esqueci-me de dizer que não pago sacos porque não vou ao Pingo Doce e segundo ouvi dizer parece que foi comprado pelo Lidl ou pelo Mini-Preço que esses, sim, sempre cobraram pelos sacos.


Grande negoçio os sacos, poi o preço de custo é 0,1 centimos ganham em cada saco 1,9 centimos assim tambem eu contribu-o para salvar o Palneta.

Deixe o seu comentário