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Descobri uma coisa interessante…

… é extraordinariamente difícil mandar um pudim molotov pela sanita abaixo.

Bem sei que a ideia por detrás da confecção de um pudim molotov não é exactamente a de criar um produto que vá bem pelo cano abaixo (embora, mais cedo ou mais tarde, esse seja o seu destino). E é importante deixar claro que eu sou, por princípio, contra o desperdício que qualquer sobremesa. Mesmo estando o dito pudim, com toda a segurança, já estragado, eu ainda considerei a hipótese de comê-lo; o problema é que não me dava jeito nenhum passar uma data de horas num hospital…

Com toda a certeza que também o leitor já teve a frustrante experiência de não conseguir fazer com que qualquer coisa vá pelo cano abaixo. No entanto, na maior parte das vezes, duas ou três descargas do autoclismo são suficientes para vencer o maldito tarolo, enviando-o para as profundezas do esgoto. E quando tal não acontece, temos sempre a solução de último recurso: desfazer impiedosamente o rebelde carapau-de-sanita com golpes do poderoso piaçaba!
Pois bem, tenho a dizer que o pudim molotov joga numa outra divisão. Tem uma habilidade, dir-se-ia mágica, de se manter à tona, resistindo com bravura às monumentais descargas de água do autoclismo (e atenção que o meu autoclismo é dos bons: é da Esfinge!). E se é verdade que nada pode resistir ao piaçaba, também não é menos verdadeiro que o molotov não se dá por vencido sem se envolver numa bela peleja. O piaçaba, com a sua força bruta, despedaça vigoroso o teimoso molotov, mas este recusa sempre conceder uma vitória absoluta: embora grande parte acabe por, eventualmente, ir pelo cano abaixo, há sempre pequenos bocadinhos do pudim que, na sua insolência trocista, permanecem no fundo da pia, como escombros que não nos deixam esquecer a terrível batalha. Mais ainda: pedaços do molotov ficam agarrados, como carraças, às cerdas do piaçaba! E não há água que os tire.

Em conclusão, o molotov foi um digno adversário. E aproveito para lançar o repto: faça-se um estudo para apurar quais as variedades de doçaria tradicional portuguesa que são mais difíceis de deitar fora na sanita (não tenho dúvidas que o molotov ficará nos primeiros lugares). Nós precisamos de saber estas coisas!

P. S.: Uma coisa que me deixa intrigado é porquê que temos um doce com o mesmo nome que uma arma incendiária…




Essa é uma grande questão para a Humanidade. Ainda bem que eu dipensei 2 minutos e meio a ler esta prova de contornos indeléveis. E o salame? Acho que dará ainda mais luta! Enfim, vou almoçar que tenho fome.


Ora aqui está um belo texto para se ler a seguir ao almoço….


Nunca te “heidi” perdoar teres deitado o Molotof pela sanita. HEREGE. VÁ DE RETRO. ASSASSINO.

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