Tragédias infanto-juvenis
Todos os anos, um avião carregadinho de inocentes criancinhas cai a grande velocidade do longÃnquo céu, e despenha-se no duro solo, espalhando tenras vÃsceras num raio de 200 metros, antes de se incendiar e reduzir a cinzas os pequenitos corpos mortos dos seus ocupantes…
Mas isto não é nada!
Todos os anos, um número incalculável de crianças e adolescentes sentem, por esta altura, uma aguda depressão. Tudo por culpa das grandes superfÃcies comerciais que, em pleno Agosto, inundam as caixas de correio e os outdoors com publicidade alusiva ao “Regresso à s Aulasâ€.
É preciso acabar com este flagelo. É preciso devolver o doce sorriso às milhares de crianças portuguesas que, como o pequeno Leonel (aqui da foto em cima), não conseguem dar dois passos fora de casa sem se depararem com o ar idiota da Leopoldina rodeada de um amplo sortido de produtos de papelaria.
Está nas suas mãos!
Por falar no avião… esse anuncio é deplorável. E li algures que outros paises da UE tambem têm feito duras criticas à logica de raciocinio da mensagem a transmitir.
E em relação á “Leopoldina rodeada de um amplo sortido de produtos de papelaria”, eu ainda não entedi porque é preciso comprar os mesmos artigos todos os anos!
Cá está mais uma vez a realidade consumista em que vivemos… e é boa politica trasmitir logo cedinho, à s criançinhas!
Cadernos compreendo.. agora reguas?? estojos?? afia??
As crianças rejubilam com as compras!
Maria Machado // 22.08.2006
Os outros paÃses e as agências de aviação que, de uma maneira geral, estão lixadas com a imagem transmitida.
João Troviscal // 22.08.2006
A conversa do anúncio já foi alterada; já está mais parecida com a do outro que plagiaram em relação a uma doença de que agora não tenho ideia que mata montes de crianças.
Em relação ás compritas, muitas vezes são os próprios pais que dão azo a que isso aconteça porque eles próprios querem mostrar aos outros pais que o filho tem mais e melhores coisas que os outros.
Agora um aparte: sou proprietária de um Jardim de Infância e tnho a dizer que odeio e já não os posso ouvir e qualquer dia vou parar ao manicómio com a Leopoldina (que é horrÃvel), com o Noddy e com a Floribela.
Heidi // 22.08.2006
Será esta sensibilidade exacerbada, com tudo o que tenha a ver com crianças, uma consequência do bombardeamento sem treguas com “noticias” sobre pedofilia, negligencia e maus tratos?
Com a obesidade infantil também na luz da ribalta, não ouço nenhuma voz de indignação a levantar-se contra a publicidade de cadeias de “fast-food” ou “soft-drinks”, cujo consumo é devastador para a sua saúde (tanto de crianças como de adultos, mas o consumidor alvo, são as crianças).
Nós adultos, vitimas incautas de publicidade e informação que nos condiciona (qual cão de Pavlov) e reduz a meros consumidores, permitimos de uma forma condescendente e frÃvola, a mesma condicionalização á geração seguinte, logo desde tenra idade.
Hoje estou demasiado sério para comentar aqui. Sorry.
Vou beber uma Fanta, comer um Big Mac e comprar mais um telemóvel para ver se animo o meu dia.
shadow.one // 22.08.2006
Por falar em anúncios … há um que me intriga particularmente. Destina-se a promover um rimmel que (espantem-se!) promete efeito pestanas postiças à s suas utilizadoras. Fiquei atónita com esta promessa porque sempre achei que quem usa pestanas postiças deseja obter efeito pestanas naturais mas agora tudo mudou, nada será como antes!Afinal a peruca do vizinho bem pode ser uma farta cabeleira natural … pois!
Cláudia // 23.08.2006
Não me falem nem da Leopoldina nem da Floribella, por favor. Tenho dois filhos (4 e 1 ano e meio). Um gosta de Pink Floyd, o outro de Ramstein. Lá vou conseguindo evitar os efeitos nefastos da Floribella, passando mais Bob Construtor e Ruca.
O verdadeiro risco está no infantário. Foi lá que apanharam o “Tick tack, ouiço um tick tack”. O médico receitou VH1 de 8 em 8 horas.
Mas o pior seriam os Teletubies. Fooogo…
Dr. Jeep // 23.08.2006