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Apontar o dedo

O acto de fumar, nos dias que correm, parece estar a tornar-se socialmente inaceitável. Apesar de pagarem impostos como o raio, os fumadores são penalizados através de sanções e taxas que funcionam como autênticas reprimendas e puxões de orelhas. A publicidade a produtos tagabistas encontra-se proibida (embora não se perceba, por exemplo, porque é que a publicidade a outras drogas como o álcool – bastante mais nocivo para a comunidade – se encontra de boa saúde).
Há apenas uma classe profissional que parece estar a escapar de mansinho: os fabricantes de isqueiros e fósforos! Ora se – sem eles – é extremamente difícil acender cigarros, porque é que ainda ninguém lhes apontou o dedo também?




Sim. Se acabassem com esses fabricantes, deixava de haver fogos florestais, embora como sempre, seja a beata a pagar as favas todas, mesmo até qd os fogos começam em sítios inacessíveis onde será extremamante difícil atirar beatas dos carros ( só se for de caçadeira ou de fisga ). Também deviam acabar com os fabricantes de velas e sendo preciso atear esfregando dois pauzinhos talvez os incendiários não tivessem paciência para tanto.


Eu cá fumo de tudo. Já fui não fumador, fumador, ex-fumador e finalmente, fumador reincidente. Já senti na primeira pessoa: antipatia, asco, recriminação, simpatia, solidariedade e indiferença, dependendo da fase atravessada. Ter opinião formada sobre o tabaco é algo transversal á nossa sociedade. Mas o facto é que toda a gente ignora deliberadamente o “elefante no meio da sala”: todos os carros (alta, media e baixa gama, comerciais, passageiros, mercadorias, monovolumes, desportivos…) têm cinzeiro de série, e, mais importante ainda, têm ISQUEIRO tambem de série. E não me venham com a história que o cinzeiro é só para pôr as moedas e o isqueiro é para carregar o telemovel. Tretas. Isto é tudo uma grande conspiração, um “arranjinho” entre os fabricantes de automoveis e as marcas de tabaco. O Elvis foi raptado por extra-terrestres e o Jim Morrison foi assassinado pela CIA. Só não sei é que organização secreta me gamou a ganza que estava (já enroladinha e tudo!) no bolso do meu blusão! Estes gajos não deixam escapar nada!


Aviso à navegação (sentido figurado, claro):
Vamos lá a esclarecer um ou dois pontos, sefachavôr.
O isqueiro do carro – toda a gente sabe – serve para queimar a ganza ou, caso de não sejas um viciado pecaminoso como eu, para pegar fogo às matas. Vem no manual do proprietário.
O cinzeiro é para guardar as patilhas postiças do Elvis, que aliás mora aqui dois prédios abaixo, por cima da fracção do corpo verdadeiro do Hitler que, aliás, agora é administrador do condomínio.
O Pai Natal, esse, vem da Lapónia, embora haja algum sigilo à volta disso por causa dos genéricos.


Bem, fazendo um paralelismo… quem pretender acabar com a industria dos lápis de carvão, “ataca” primeiro as fabricas de avias.
Ó HEIDI, que raciocinio é esse?!
“Se acabassem com esses fabricantes, deixava de haver fogos florestais” ??????
Os fosforos não são dotados de membros locomotores autonomos. A culpa não é do instrumento mas sim de quem maneja.
Sou apologista de paga contributiva e proporcional, ou seja, a punição ser na mesma intensidade. Aí sim, os individuos piromaniacos aprendiam por reflexo condicionado…. e já não era tão mau.
E digo mais, foi “ateando esfregando dois pauzinhos” que possibilitou ao homo erectus cozinhar alimentos, e consequentemente, desenvolver a fisiobiologia (entre elas, o desenvolviemnto cerebral).
E é por esta mesma razão, de evolução, que apoio o aumento das infracções e impostos sobre alcool e tabaco!


Pensando bem, desde que paguem impostos (pelos vistos é tudo uma questão de dinheiro) as pessoas podem fazer o que lhes dá na real gana.Estamos num País livre e sei do que falo porque vivi nele quando não era livre.
– Quer pegar fogo? – Paga o IPPF.
РQuer violar crian̤as? РPaga o IPVC
– Quer bater na mulher? – Paga o IPVD
Etc.
É assim como ir pagar ao padre para poder comer carne na 6ªfeira santa e assim já não ser consumido pelas chamas do Inferno.

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