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Viver sozinho pode ser uma experiência interessante. É como se nos tivesse sido concedida uma oportunidade de desenvolvermos uma relação connosco mesmos.
Hoje, por exemplo, decidi levar-me a jantar fora.
Ao início não consegui decidir comigo a que restaurante ir. Foi uma luta interna sem igual! Por cada argumento que utilizava a favor de uma ida ao Pizza Hut, tinha um argumento igualmente potente, a favor do Chimarrão, do outro lado da consciência.

Após muita luta, lá partimos a caminho da casa de pasto.
É claro que, chegados ao restaurante, quem diz que entrámos num acordo em relação a que pizza escolher?
Se eu queria uma “havaiana” coberta de ananás, ao mesmo tempo também queria uma “camponesa” repleta de cogumelos. Uma das pizzas era exótica e excitante. A outra era natural e pura. Nova discussão interna. Mas porquê?!
Numa guerra normal, um dos inimigos acaba por impôr a sua superioridade. Seja à conta do seu elevado poder bélico ou da persistência. Neste caso, a luta estava tão equilibrada que chegava a ser injusta.

A ida ao cinema foi um pincel igualmente chato de limpar.
Um queria ver um western de acção, o The Proposition. Mas ao mesmo tempo também queria ver o Ice Age 2. No final, decidimos que só escolheríamos na algura em que estivessemos na bilheteira, em frente ao caixa, e prontos para pagar. E assim foi. (e vimos o Ice Age 2… eu ganhei!).

Depois de uma noite da treta, completamente dominada por discussões absurdas e irrelevantes (nem me ponham a falar do dilema das pipocas doces versus salgadas!), lá me apercebi de uma ou duas verdades fundamentais acerca do meu relacionamento comigo:

1. Sou uma péssima companhia para mim. Não consigo concordar comigo em nada. E, por isso mesmo, às vezes desperdiço tempo que podia ser utilizado de uma forma criativa, apenas porque não consigo decidir o que fazer com ele;

2. Viver com outra pessoa pode ser complicado, mas é possível. Viver comigo é simples, mas parece cada vez mais impossível;

3. Após ter desenvolvido uma relação comigo mesmo, cheguei à conclusão que não gosto muito da minha companhia. Por isso, tenciono deixar de atender os meus telefonemas a partir de hoje, dizer que estou atolado em trabalho quando me quiser desafiar para fazer alguma coisa e fingir que estou de dieta quando quiser comer uma pizza;

No fundo, a vida a sós até pode ser divertida.
É preciso apenas gostarmos de nós mesmos.
Infelizmente, não tenho esse luxo.
Sou complicado demais para manter uma relação simples comigo.




eheh.. não sei como é que “decidiram” em relação à pizza, mas para evitar esse tipo de discussões eles costumam ter a hipótese de poder escolher uma pizza com uma metade diferente da outra 🙂 metade [i]camponesa[/i] e a outra metade [i]haviana[/i].. e ficavam todos contentes 😉


(sorry akeles [i] [/i] mas pensei q resultasse para ficar em itálico… :\ )


Aqui para meteres em itálico, ou bold, tens de usar <> e não [ ].
Eu exemplifico: itálico, bold. Experimentem.

E é isto que define o DQD: um espaço não apenas de entretenimento mas também de saudável formação profissional! 😉


A questão é que ao termos uma relação complicada comnosco mesmos, o relacionamento com outros (íntimo, claro, que os superficiais também não são satisfatórios por aí além…) é igualmente complicado. Não me parece que tenhamos outra hipótese senão aprender a gostar de nós mesmos!


assim?? eheheh!! 😀

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