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Humor de casa-de-banho II

Uma das grandes maravilhas desta vida, é o facto extraordinário de haver algo com o nome de “flora intestinal”. Surpreendente, também, é toda a gente se referir a isto pelo nome, com a suprema indiferença de quem tem grande familiaridade com um assunto que, no fundo, nada tem de especial. Cuns diabos, flora intestinal! Haverá – pergunto – demonstração mais cabal da maravilha que é a natureza, em geral, e a anatomia humana, em particular, do que a existência da flora intestinal? Muitos poderão falar no “milagre do nascimento de uma vida” mas, caros amigos, estou em crer que isso dos partos é uma coisa altamente sobrevalorizada. E, notem, eu falo à vontade porque já passei por um! Sangue, dor, ossos a saírem do sítio e toda uma variedade de líquidos com aspecto suspeito pelo ar… Um filme gore? Não, é um parto.
Assim, acredito, a flora intestinal é algo de muito mais bonito, perfeito, inspirador e maravilhoso do que um parto. A existência de flora intestinal pode até ser entendida como uma poderosa lição de vida: é a maneira que a natureza tem de nos dizer que, mesmo no mais escabroso, negro e escatológico há alguma beleza. Sinto-me bem, ao pensar que, no meio de toda a matéria fecal que se acumula na etapa final do meu tracto digestivo, há delicados espécimes florais e vegetação frondosa (deve de ser frondosa, com a quantidade de adubo)… No fundo, agrada-me a ideia de pensar que, num mundo tão fortemente industrializado como o nosso, todos nós temos um jardim botânico no rabo.
Mas, se é agradável e reconfortante pensarmos nisto, que dizer da fauna intestinal? Ok, concedo que já não é tão agradável pensar que temos animais enfiados no cu (embora haja, pela net – ou pelo menos é o que consta – , uns vídeos que parecem dizer o contrário). Mas enfim, eles existem, e nós não podemos fazer muito quanto a isso (tirando dar cabo deles com uns medicamentos poderosos). Ora, já que existem, que tal encaramos a vida da sua perspectiva? Não deve de ser fácil, a existência de uma ténia… Eu, se passasse a vida enterrado em merda, ficava bem satisfeito em encontrar por lá, de vez em quando, alguma flora. Para além disso, torna possível uma vida romântica para as ténias («Ah, mãe, ele é tão querido e romântico… Deu-me estas flores que só se dão lá para os lados do apêndice… Devem de ter custado um balúrdio!»).




lindo! perfeito!


realmente!! flora intestinal!!


desculpa lá mas isto é a verdaderia conversa de m….


Um parto não é só dor, sangue e ossos a sairem do sítio:por vezes é acompanhado por fauna e flora intestinal, para dar mais emoção (especial/ ao médico).


LOOOOOL. Genial! Muito bom texto sem a menor dúvida.

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