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Champô fresquinho

Há, no mercado, uns champôs que garantem a frescura do couro cabeludo após a sua utilização. Descobri que tenho lá em casa um destes champôs ao ler, no rótulo, as palavras “frescura oceânica”. Ou seja, trata-se de um produto que pretende emular (ainda que limitando esta emulação à região da cabeça) a sensação refrescante de um mergulho no nosso mar no calor sufocante de um dia de verão.
Imediatamente por baixo desta promessa de frescura, está a indicação “com minerais marinhos”. É interessante, porque eu sempre julguei que a experiência refrescante que o mar tem para oferecer resultasse da diferença entre as temperaturas da água e do mar. Afinal, parece que é mesmo por causa dos minerais que a água tem. O meu obrigado ao Sr. Procter e ao Sr. Gamble por trazerem um pouco mais de sabedoria à minha vida.
Em todo o caso, gostaria de denunciar aqui que isto da frescura é uma monumental fraude (se calhar, não tem minerais em quantidade suficiente). Entusiasmado como estava com a possibilidade de envolver a minha cabeça num delírio rodopiante de fresco prazer, proporcionado pela febril orgia dos minerais refrigerantes, lancei-me impaciente para debaixo do chuveiro. A desilusão foi total: comecei a esfregar a cabeça com o dito produto e… NADA. Nem frescura, nem qualquer outro tipo de sensação; só uma normalíssima lavagem de cabelo.
Estava já eu a pensar que tinha sido intrujado, quando um bocado de espuma rebelde me escorre pela testa, e me vai para a zona dos olhos. Aí sim, senti uma sensação anormal, mas estou um bocado relutante em descrevê-la como “frescura oceânica”… Era uma sensação que se aproximava mais da DOR EXTREMA, ou do ARDOR EXCRUCIANTE!
E é aqui que eu descubro a diferença entre este champô e os seus pares. Claro, poderão argumentar que os outros champôs também ardem nos olhos (com a excepção daquele do Sr. Johnson). É verdade, mas nada que se compare com o poder urticante desta autêntica arma química que tive a infelicidade de encontrar na minha casa de banho. Mas assim, já percebo a razão de ser do slogan: a expressão “frescura oceânica” é capaz de ser bem mais eficiente, do ponto de vista do marketing, do que a expressão “ardor agonizante” (embora, provavelmente, eu até comprasse o champô só pela honestidade). E, afinal de contas, até nem é assim tão descabido: o alívio que se sente quando a dor cessa e os olhos desincham assemelha-se a uma certa frescura (e eu não teria sido capaz de escrever este texto sem ter a “cabeça fria”).




A publicidade ensina-nos muitas coisas: Por ex. fiquei a saber que é o detergente que encolhe a lã e não a água quente.
Entretanto também estou com frescura oceânica nos olhos de rir tanto.


A publicidade nem sempre é enganadora, exageram é um pouco.No outro dia exprimentei um dakeles novos leites k dizem k sao relaxantes e zás fui disparado pra sanita onde tive uma sessao de relaxamento muscular das mais capazes.N sei se o leite estava estragado ou nao,mas senti-me bem aliviado.no fundo os tipos da plublicidade só exageraram um pouco neste caso metendo apenas um “Re” a mais.este maravilhoso leite tem a particularidade de ser reforçado de proteína láctea bioactiva(k potencia a propriedade (re)laxante do leite).por fim no pacote(lol) ainda tem uma frase hilariante:”cuidar da sua beleza começa por dentro”


Vi o anúncio disso ontem! Mesmo assim, ires a correr para a casa-de-banho não foi mau. A malta do anúncio fica, de repente, toda vestida de branco… Já viste o que era andares por aí mascarado de Roberto Leal?

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