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O estado da nação

Todos sabemos que vivemos tempos difíceis.
E acho que é precisamente nestas alturas que também temos de fazer perguntas difíceis.
Se mais fundo não podemos descer, porque não debater o porquê do nosso futuro não parecer risonho?
É por isso que venho, por este meio, fazer aquela pergunta que anda na boca da opinião pública mas que ninguém parece ter coragem de perguntar: porque é que não temos coiotes em Portugal?!




Pois, essa é uma pergunta antiga como o mundo… Parece-me, no entanto, que o problema não está tanto na resposta. O problema é que, como dizes, ninguém quer perguntar. E porquê? Porque não estão preparados para a resposta. Às vezes, a verdade é dura, e as pessoas optam por permanecer na ignorância, em vez de se confrontarem com a violência da realidade. E enquanto assim for, meu amigo, não sairemos deste marasmo… Ainda há por aí quem tente mandar-nos areia para os olhos, e dizer que não há coiotes em Portugal pela mesma razão por que não há ornitorrincos em território luso. Ora, esta explicação é risível… Não passa de uma estratégia rudimentar e óbvia para estupidificar a opinião pública. E eu sinto-me ofendido!
A verdade acaba por ser poeticamente simples: é que, no nosso léxico, “coiote” rima simultaneamente com “saiote” e com “escadote”. A partir daqui, só não vê quem não quer. E é por isso que, quanto a mim,

MAGUSTO!! CATÉTER!! SARDINHA!!
REGA! REGA! REGA! E BORDOADA NA VIZINHA!!


mas, mas… um coiote não é um gambozino?


O que desgosta verdadeiramente é que já tivemos um goráz e até esse se foi embora. TÁ MAL.

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