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Mundial de fogo de artifício

Antes de mais, há que dizer que é absolutamente reprovável o silêncio da comunicação social a este respeito. Ando eu a seguir entusiasticamente o grandioso mundial de fogo de artifício e, agora que chega ao fim, deixam-me completamente no escuro! Há uns tempo tivemos por cá o europeu (sim, o europeu, não era o mundial) de futebol, e não se falava noutra coisa!
Afinal, quem saiu vitorioso deste encontro de titãs? Pessoalmente, não tenho dúvidas que foi Portugal. O nosso seleccionador fez as escolhas correctas, e conseguiu uma equipa muito equilibrada, cheia de grandes atletas (alguns veteranos, a alguns que serão o futuro da pirotecnia em Portugal), e com grande motivação. A selecção portuguesa é bastante sólida nos vários sectores. Desde o levantamento até a finalização, passando pela sincronia, o resultado é sempre de um magnífico efeito (não é à toa que Portugal é considerado nas esferas internacionais como uma das maiores potências do chamado “fogo de artifício espectáculo”). Francamente, com esta equipa, não sei como poderíamos perder… A não ser, claro, que tenha havido por aí dedo do árbitro. Já não era a primeira vez que um país pequeno como Portugal era prejudicado pelos juízes, preferem favorecer uma potência de maior envergadura. E não julguem que estou a falar do futebol: não acham estranho nunca termos ganho o Festival da Eurovisão? Ah, pois é…

Enfim, polémicas à parte (até porque, se calhar, estou para aqui a caluniar o digníssimo juiz da partida sem qualquer razão), permitam-me que vos explique o porquê de acreditar que não há a mínima possibilidade de termos saído desta competição sem o primeiro prémio. As razões mais importantes (porque haverá mais, seguramente) são quatro:

a) Temos uma extraordinária experiência em fogos. Alias, notou-se bem, durante o Verão que agora terminou, que tínhamos um mundial aí à porta… Com todo este treino, como é que poderíamos perder? Poderão dizer que os fogos florestais não são o mesmo que o fogo de artifício. Concordo: os fogos florestais tiveram uma cobertura mediática muito maior (mas não queria voltar a este assunto, senão ainda me enervo e desato às cabeçadas ao teclado…).

b) Não há uma única aldeia em todo o território nacional que dispense o fogo de artifício na sua festa anual; incluindo a já mítica salva de morteiros à alvorada (eu, que vou para estas localidades em busca de algum descanso, longe do alvoroço citadino, acordo sempre em sobressalto, e a pensar que os americanos desconfiaram da existência de petróleo no subsolo do pacato lugarejo).

c) Não há ano que passe sem que, pelo menos, umas três ou quatro fábricas de pirotecnia vão pelos ares (ainda hoje foi uma, seguramente num acto de celebração pela grandiosa vitória lusa no mundial). Este pessoal gosta tanto de fogo de artifício que nem no local de trabalho o dispensam. Este faceta única do “ser-português” até já motivou uma canção: “Domingo no Mundo”, de Sérgio Godinho.

d) Duas palavras: JUVE LEO. Os petardos de morteirada destes autênticos aficionados da bola e da pirotecnia são, para além de um espectáculo dentro do espectáculo, mais uma manifestação do fortíssimo enraizamento do fogo de artifício na nossa cultura popular.

Para além destas razões, há também que contar com o baixo calibre dos adversários de Portugal nesta competição. Espanha, França e Japão? Esta malta percebe lá alguma coisa disto! Só teremos competição e espectáculo a sério quando aumentarem a qualidade das equipas envolvidas… Convidem a Arábia Saudita, o Iraque e os Estados Unidos da América que, aí sim, valerá a pena!




Fomos roubados. E mais não digo por medo de represálias.


Quando há festa na minha aldeia, e por causa do fogo de artifício, tenho uma grande vantagem em relação á maioria das outras pesssoas: durmo com uma vasta companhia; além do meu querido conjuge, fico com duas cadelas e um gato debaixo da cama.


Talvez não entenda a ironia implicita nos seus comentários ou talvez a critica seja mordaz e não tenha outra intenção. No entanto, gostaria apenas deixar claro que o espectáculo Piro Musical que Portugal apresentou no âmbito do Mundial de Pirotecnia de Lisboa 2005, não entrou a concurso e serviu como encerramento do evento, pelo facto de Portugal ser o país anfitião e os eleemntos do júri todos de nacionalidade Portuguesa. Fica a observação simples e “ingénua”, até porque há demasiados fogos postos, já chega de atear fogueiras…


Ah bom, Portugal não participou na competição. Lá está! O facto do nosso país ter sido escolhido para a realização deste evento mostra bem o nosso gabarito nestas coisas. Para além disso, ao não participarmos no concurso, sempre demos hipótese aos outros países. Já agora, quem é que ganhou?

Mas, falando sério, não há qualquer crítica mordaz neste texto à nobre arte da pirotécnia. Se reler o texto com atenção e sem preconceitos verá que o mundial de fogo de artifício serviu mais como ponto de partida (como pretexto, se quiser) para fazer humor com outras coisas (a linguagem futebolística, o terrorismo, os incêndios florestais que tivemos, etc).


Você é um perfeito anormal, armado em intelectual que por sorte sabe escrever e só é pena nao saber pensar.
Pare de morder, olhe pra si, pois mais ninguem lhe vai dar atençao,nem pelo que que escreve.


Ah, que estes entusiastas do fogo-de-artifício são agressivos, hem! Surpreendem-me com os comentários inflamados (que trocadilho!) e os ataques incendiários (estou imparável, hoje!).

Será prudente deixar pessoas com este tipo de feitio manusear material explosivo?

Seja como for, da próxima vez que houver a festa da minha aldeia, acho que vou ficar de olho no tipo dos foguetes… Parecendo que não, uma cana daquelas ainda é coisa para aleijar um gajo!

Morder? Não apanhei…

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