King Kard
Andava com vontade de aderir ao King Kard. Estava convencido que aquilo era só maravilhas: pagava-se uma mensalidade, e tinha-se acesso a inúmeras sessões de cinema sem qualquer custo adicional. Contudo, ao visionar o anúncio do referido cartão (antes do inÃcio de uma sessão num dos cinemas onde o mesmo é válido), fiquei confuso e cheio de dúvidas. Antes de mais, vamos lá ver se eu percebi correctamente o anúncio:
Trata-se de uma pequena narrativa onde um indivÃduo com um aspecto nerd (óculos de massa, ar tÃmido e andar desajeitado, pulóver por cima da camisa aos quadrados) vem a caminhar pela rua fora. Nisto, uma rapariga que está numa esplanada olha para ele, e enquadra-o num rectângulo feito pelos dedos indicador e polegar de cada mão (numa alusão óbvia, por um lado, ao écran de cinema e, por outro, ao formato do King Kard. Nesta altura, o indivÃduo nerd transforma-se, por artes mágicas, num homem com ténues parecenças com o Tom Cruise, todo bem arranjado, com roupas cheias de estilo e óculos de sol da moda.
Perante isto, deixo algumas perguntas no ar:
-Para que quero eu um cartão que me transforma a mim (ou a outra pessoa qualquer) num metrossexual?
-Sempre dá para ir ao cinema com aquilo (ficando, assim, as salas cheias de pessoas que parece que foram atacadas pelo Esquadrão G), ou isso foi confusão minha?
-Por que raio é que se chama King Kard? Queen Kard fazia mais sentido…
-O indivÃduo mais forte que aparece no fim do anúncio parece imune aos estranhos poderes do King Kard. O que é que se passa? Será que não tem as quotas em dia por ter gasto o dinheiro todo nas pipocas ridiculamente caras que se vendem à porta das salas?
Não queiras não: tu és mais lindo que o Tom Cruise. Quantas vezes.
Heidi // 16.09.2005