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Lingerie

Um dos maiores momentos de glória da história da Humanidade será, quanto a mim, o da invenção da lingerie. De certeza que toda a facção masculina dos nossos leitores já experimentou momentos de grande fruição estética possibilitados por este tipo de roupa. E embora esta seja, sem dúvida, a maior das qualidades destes pequenos (ou pequeníssimos) pedaços de tecido, eles acartam outras vantagem que também não são de desdenhar… Um exemplo entre muitos: quantos de nós não enfiámos já a cabeça nuns collants antes de entrarmos de rompante num banco, de arma em riste, a ameaçar as pessoas, e a gritar ordens para os caixas?
No entanto, a lingerie tem uma vantagem ainda mais interessante: os homens podem oferecê-la as suas parceiras com a certeza de que este gesto será por elas interpretado como um momento de ímpar romantismo, de singular sensibilidade, quando, na realidade, não passa de uma manifestação das suas mais obscuras, selvagens e perversas fantasias, ânsias e desejos sexuais ou eróticos (ou, numa palavra, rebarba).
Já adivinharam, com certeza, que este que vos escreve é um entusiasta e assíduo comprador deste tipo de peças de roupa (bom, “assíduo” talvez seja um exagero, mas enfim). Há, contudo, uma coisa estranha que me acontece sempre que compro tais vestimentas: quando pouso as diáfanas cuequinhas e o rendilhado soutien no balcão, e enquanto esgravato a carteira à procura do cartão Multibanco, a empregada lança-me sempre a mesma pergunta:

-É para oferta?

A minha tendência é responder:

-Minha senhora, por quem me toma?! Eu no meu espectáculo de transformismo só uso cetim e cabedal…

Mas claro, temos de compreender o papel destes funcionários. Afinal de contas, já o velho ditado o diz: “quem vê caras não vê roupa interior”, e nunca se sabe se o insuspeito comprador não enverga, nesse preciso momento, um maroto conjunto composto pela tanguinha fio-dental rosa choque, o cinto de ligas e as meias pretas… Só não percebo é como é que seria suposto eu vestir roupa desenhada para gente com, aproximadamente, metade da minha massa corporal…




Ai,ai.Vou dizer á tua mãe.


malogrado masoquista…


Ja usaste já…………

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