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Problemas matrimoniais

Trim… Trim…
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Trim… Trim…

– Estou sim?
РEstou, filho, ̩ a ṃe.
– Olá! Tudo bem por aí?
– Sim, vai-se andando. O teu pai anda outra vez com aquelas fezes com uma cor pastel e…
– Querias dizer alguma coisa importante, mãe? É que eu estou um bocado ocupado…
– Sim, filho, sim. Olha, estive a falar com a Sandra e ela diz-me que vocês estão com alguns problemas… Está tudo bem convosco?
– Não, nem por isso. As coisas já estiveram melhores entre nós, para falar a verdade.
РA s̩rio?! Mas o que ̩ que se passou?
– Não se passou nada em concreto. É apenas uma série de coisas pequenas que se vão acumulando. E depois já sabes, o copo enche e entorna-se.
РMas que coisas ṣo essas? O que ̩ que se passou? Voc̻s parecem ṭo felizes juntos!
– São pequenos nadas, mãe. Eu dou-te uns exemplos. Há duas semanas comprei o Gran Turismo 4 para a Playstation. E vê lá tu bem que é nas alturas em que eu estou a jogar que ela vem falar comigo para discutir férias, filhos, o futuro, e tretas dessas!
– Que horror!
– Pois, é verdade. Mas não é só isso. Ontem estava mesmo quase a bater um recorde no Tetris quando ela entrou pela casa-de-banho adentro e me distraiu. Resultado: qual recorde qual carapuça! Apareceu-me logo uma daquelas peças em forma de “S” que não encaixam em lado nenhum, e pimba! Caiu no sítio errado e nunca mais recuperei!
– Ã’ Pedro! Mas vocês precisam de falar!
– Pois, se conseguíssemos! Mas não dá! Ela é muito egoísta. Não me respeita. Ontem à noite, por exemplo, eu estava na banheira e ela veio por trás e afundou o meu patinho de borracha. Aparentemente, deve ter achado que eu ia gostar disso! Ela tem destas coisas um bocado infantis.
– Pedro, mas isso são coisas pequenas. Há por aí muitos patinhos de borracha. E aposto que ele deve ter voltado à superfície depois da Sandra o ter afundado…
– A questão não é essa! São estas criancisses da parte dela que evitam que nós falemos de coisas mais sérias. Eu digo-te, mãe, podia ser só o meu pato Donald de borracha, mas quando eu vi o braço da Sandra a mergulhar na banheira e a afundá-lo no meio da espuma, houve uma coisa qualquer muito má que começou a subir por mim acima!
– Azia?
– Não! Raiva!! Como é que é possível viver com uma mulher assim? Que raio de futuro é que nós temos juntos!
– Pedro, tem calma.
– Eu tenho calma, mãe, e desta vez passou. Mas se ela me vem chatear novamente e acusar-me de andar a esbanjar muito dinheiro em jogos e filmes e que assim não vamos conseguir pagar as contas, não sei como é que vou reagir. Aquela mulher é um atentado à minha liberdade!

Moral da história: senhoras e senhores, vindo de um homem casado, preparem-se para a verdade mais inquestionável do início deste século: o motivo pelo qual a maior parte dos casamentos não funcionam actualmente (salvo algumas excepções) não se deve às “novas liberdades das mulheres”. Deve-se, isso sim, ao facto da maior parte dos homens só se tornarem realmente homens numa fase mais avançada da sua vida.

Pensem nisso, seus divorciados inconsequentes…

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