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Pornografia e humor

Hoje, vou escrever sobre pornografia!

Li duas notícias nos jornais, aparentemente sem nada a ligá-las, que me fizeram pensar.
Na primeira, denunciava-se uma acção de formação política (como se não soubessemos todos de acções mais inúteis) destinada a alguns aprendizes Açoreanos.
A segunda, referia-se à acusação feita a um político Francês, de ser competente e sem humor.

Foi ao relacionar as duas notícias que me surgiu a ideia (brilhante, não posso deixar de confessar), de promover acções de formação de humor. Destinatários? Vocês também devem conhecer muitos, mas eu sugiro, numa rápida observação, Cavaco Silva, Sousa Franco, Durão Barroso, Emídio Rangel, João Baião, etc.
Claro que, posteriormente, poderiamos alargar o raio de acção a sectores específicos da sociedade portuguesa. Dirigentes desportivos, árbitros, Bispos, agentes da autoridade, fiscais das finanças, companhias de seguros, deputados e por aí fora.
As verbas necessárias viriam da Comunidade Europeia. Do PRODEP, PROFAP, PIDDAC, PROJORGE, DOANDRE e seriam a fundo perdido, logicamente.

Arranjados os meios e o público alvo, só fica a faltar a matéria a administrar.
Aceito sugestões, mas como a ideia é minha, deixem-me continuar.
As acções seriam divididas numa parte teórica e noutra prática. Na teoria, seriam mostrados programas do João Baião (para aprenderem a evitar erros), textos do Vilhena (para darem os primeiros passos) e, numa fase mais avançada, os melhores bocados do Herman José. Para quem pretendesse aprofundar os estudos, seriam recomendados autores como o Alexandre Oneill, Rui Zink, Miguel Esteves Cardoso. Para um curso superior, ficariam o Woody Allen, o Charles Chaplin, Alfred Hitchcock, Bordalo Pinheiro e Almada Negreiros.

Quem passasse a parte teórica, teria de enfrentar a prática, bem mais difícil.
Acções no terreno como, por exemplo, fazer rir algumas pessoas num autocarro apinhado, em hora de ponta. Conseguir um sorriso de um funcionário das finanças, no último dia do prazo para entrega da declaração do IRS. Provocar uma gargalhada ao Almeida Santos, antes dele mandar evacuar as galerias da Assembleia da República. Contar uma anedota ao Herman José, antes dele nos contar duas.
A prova final seria conseguir introduzir no Diário da República, sem ser por lapso, uma pontinha de humor. Aí, finalmente, seria passado o diploma.

Já imaginaram como seria este país com o espírito humorístico que estas acções de formação iriam provocar? Se não conseguem imaginar tal, não vale a pena continuarem a ler e nem pensem em candidatar-se a formadores. Inscrevam-se para a primeira acção de formação!

P.S.
Os mais atentos devem estar a interrogar-se sobre a primeira linha deste texto.
Mas confessem lá, se eu não dissesse que ia escrever sobre pornografia vocês teriam lido até aqui?




Só li até à lista de destinatários. Fiquei desconfiado ao ler os nomes e dirigi-me logo ao Post Scriptum ( ao P.S. para não pensarem que fui ao PS, o que poderia ter feito, pois não encontro nomes como Ferro Rodrigues & Filha ou Mário Soares & Filho inscristos na lista, esses que são os que menos piada têm e os que mais precisam de umas aulas dessas) . Suponho que não devo ler o resto. Caso assim seja farei um esforço, pois não acho boa ideia o que estão para aí a sugerir.
Acho que os nossos políticos já fazem palhaçadas que cheguem. Se os ensinassem a ser humoristas depressa não tinham graça nenhuma.
Ou acham graça se o Soares dissesse:
“Eu já tou velhinho e quero me candidatar à presidência da républica. Não, não estou gágá. Tenho apenas bom humor e sou, como vêem, um sinil saudavel. Hahaha!” e nisto dá uns toques numa bola de futebol como o Ronaldinho enquanto balança o microfone sobre a testa e grita “Let me entertain you!” ???
De certeza que M.Soares era o único a rir.

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