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O Verão chegou

Para mim, o Verão não começa no dia 21 de Junho.
Não começa sequer quando se sente o cheiro a relva molhada pela manhã ou quando a camisa começa a ficar agarrada ao corpo ao princípio da tarde.
O Verão aparece quando eu começo a ter sonhos estranhos e premonitórios.
Hoje sonhei novamente que a Serra de Sintra estava transformada numa plantação de cannabis gigantesca e que, ao primeiro incêncio e com os ventos a soprar na direcção de Lisboa, uma grande nuvem de fumo envolvia a cidade durante três ou quatro dias. Acho que conseguem imaginar o que é que aconteceria daí para a frente… Todos os lisboetas completamente pedrados, a ter conversas extremamente redundantes e a fazer fila à porta dos restaurantes para saciarem uma fome súbita vinda do nada. Os ginásios seriam os que mais perderiam com isto tudo pois, como alguém que já tenha fumado drogas leves o poderá comprovar, a probabilidade de se estar pedrado e com vontade de fazer exercício é a mesma de um dia vermos o Nelson Mandela a tocar castanholas num comício pro-Apartheid.
Se isto não é uma premonição de tempo quente aliado aos inevitáveis incêndios que caracterizam a nossa época estival, não sei o que será…

Moral da história: uma vez que os incêndios em alturas de Verão são inevitáveis, não estará na altura de os explorar turisticamente e auferir daí algumas receitas? Viagens exploratórias de balão por cima dos incêndios enquanto eles deflagram? Excursões a locais incendiados com guias turísticos? T-shirts a dizerem “O meu primo foi a Portugal ver os incêndios e comer umas sardinhas e a única coisa que me trouxe foi esta t-shirt e um saco de cinzas!”?

Pensem nisto, seus oportunistas imorais…

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