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Galinhas na bruma

Enquanto esperava que o curandeiro me retirasse as sansessugas das pernas, deixei os meus pensamentos fluirem relaxadamente. E pensei naquilo que normalmente penso quando os meus pensamentos fluem relaxadamente. Pensei em galinhas.
Será que se as galinhas tivessem rodas, em vez de pernas, existiriam competições de velocidade e casas de apostas especializadas?
Será que as capoeiras possuiriam pequenas estradas pavimentadas? E estações de serviço? Seriam certamente mais pequenas que as nossas. E não conhecendo bem os hábitos alimentares das galinhas, acho que arrisco em afirmar que os franchises do Kentucky Fried Chicken não seriam vistos com bons olhos.

No fundo, há paralelos muito interessantes, à espera de serem traçados, entre as vidas das galinhas e as vidas dos humanos.
São difíceis de descobrir pois a maior parte das pessoas não compreende esse exercício como uma necessidade.
E, para todos os efeitos, eu também não.
É esse um dos motivos causadores de grande parte das minhas angústias existenciais. Mas, ao mesmo tempo, um dos motores que me impulsiona para viver. A sensação de saber que existem tantas inutilidades à espera de descoberta que só serei feliz se desvendar umas quantas.

Moral da história: sabia que se uma sansessuga se agarrar ao seu corpo, por mais que tente puxá-la ela não sairá? São necessárias técnicas especiais para as tirar do nosso corpo (ou então esperar que elas bebam o sangue que quiserem. Sairão sozinhas depois. As sansessugas são dos poucos seres com os quais os humanos partilham uma relação verdadeiramente simbiótica.)

Pensem nisto, seus parasitas nosferatizados…

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