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A conspiração da Igreja Católica

A mensagem anterior (O calão português) gerou alguns comentários interessantes, por algum motivo dirigidos para a minha caixa de correio electrónica. Mais concretamente, cinco emails.
Três desses emails tratavam-se de insultos, pelo que foram prontamente apagados. O quarto consistia numa foto de uma leitora que, dada a pormenorização e o detalhe da dita foto, sou levado a querer que foi uma tentativa da leitora demonstrar que não é – de todo – hermafrodita, mas sim 100% mulher. Seja como for, grande foto! (pena não a poder partilhar, a pedido da própria leitora)
Mas o quinto email foi o mais interessante de todos. Enviado por uma leitora que assina como Milocas, ela confessou ter descoberto a localidade do Cu de Judas no mapa.
Hum… Estão a imaginar o ar embaraçado dos residentes cada vez que lhes pedem o código postal?
Agora, há apenas uma coisa com a qual não concordo no email da leitora Milocas. Segundo as suas palavras […]queria apenas a título informativo, provar que afinal Judas não poderia ser hermafrodita…[…]. Ora o facto de Cu de Judas existir no mapa, para mim, não é prova de que Judas não fosse hermafrodita. Na realidade, acho que se trata de uma conspiração da Igreja para apagar do conhecimento público a incómoda constatação de que Judas foi o primeiro ser hermafrodita. Se consultarmos o livro de Judas, no Novo Testamento, mesmo antes do Apocalipse, lemos em Judas 1:10 “Estes, porém, blasfemam de tudo o que não entendem; e, naquilo que compreendem de modo natural, como os seres irracionais, mesmo nisso se corrompem.” É impressão minha, ou já naquela altura Judas se queixava da descriminação por parte dos restantes discípulos? Será que Judas foi mesmo o traidor de Cristo? Ou será que foi vítima de um embuste para ser afastado da Igreja que sempre insistiu que o ser humano havia sido criado à imagem de Deus?
É por estas e outras que, enquanto a Igreja não tiver a coragem de resolver a sua intolerância, o seu número de fãs continuará a decrescer exponencialmente nos países desenvolvidos e pensantes.
“E a Santa Cona do Assobio? Que é feito dela?!!”, pergunta o leitor impaciente.
Meus amigos, não nos esqueçamos que – naqueles tempos – o sexo feminino era considerado o sexo fraco. E se a condição anormal de Judas foi algo que a Igreja tanto se esforçou para esconder, porque raio é que haveria de dar esse nome a uma povoação? Diria até que a falta de uma localidade de seu nome Santa Cona do Assobio é uma prova cabal de que a Igreja não só conspirou contra Judas, como se comportou de uma forma descriminatória e machista!
Querem mais provas? Comparem o número de machistas por metro quadrado em países extremamente católicos e subdesenvolvidos com o desprezo generalizado do machismo nos países mais avançados. Ah, pois…

Moral da História: qualquer reclamação da Igreja Católica ou insultos por parte de crentes deverão ser afixados neste blog e não enviados para o meu email pessoal. Já recebo spam que chegue!

Pensem nisto, seus religiosos dogmáticos…

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