Foi exibido na RTP2, na passada Segunda-feira, um documentário muito interessante sobre “O Mundo Secreto dos Tubarões”.

Segundo o autor do documentário, existem tubarões-brancos que conseguem farejar uma gota de urina a 10 km de distância. Coisa fina….
E atenção que não estamos a falar de quilómetros terrestres mas sim quilómetros náuticos. São muito mais compridos que os quilómetros a que nós estamos habituados.

No entanto, na minha modesta opinião, o documentário pecou por não abordar assuntos considerados essenciais nos tempos que correm, como a questão da segurança.

Exemplo. Eu vivo a 5 km da costa. Se um destes tubarões consegue cheirar uma gota de urina a 10 km de distância, poderei ir à casa-de-banho em paz? Ou deverei urinar para uma garrafa e colocá-la no caixote de lixo (do vizinho)? Pode parecer uma pergunta idiota, mas acho que mais vale perguntar do que estar com o Garcia na mão, mesmo a meio da segunda sacudidela, e deparar-me com a visão da cabeça dum tubarão-branco a irromper para fora da minha retrete! (outro motivo bom para instalar um urinol. Assumindo que os tubarões-brancos não se desmaterializam como no Terminator 2, duvido que consigam passar naquela meia-dúzia de furinhos…)

Será que toda a gente que vive perto do litoral tem de se habituar a sacudir melhor cada vez que exerce o seu acto mictório? Ou deverão fazê-lo em casas-de-banho portáteis, situadas a pelo menos 15 km da costa?

Já agora, um pequeno aparte: se a vida dos tubarões foi exposta e os seus segredos – como a hipersensibilidade à urina – foram revelados desta forma, até que ponto é que é legítimo afirmar que o documentário é sobre o mundo secreto dos tubarões?

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