siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

Votação aberta

Estou num dilema e preciso de ajuda!
A minha dúvida é qual será o anúncio mais irritante, cretino, imbecil e parolo: o anúncio do Pão-de-Açúcar e do “trevo na tromba do elefante”; ou o anúncio do “Nestea e do Mudasti” (ou lá que merda é aquela que eles dizem…)?

O anúncio do Pão-de-Açúcar leva uma confortável vantagem no que toca à irritação e cretinice. Basta olhar para a carinha rosadinha da criancinha que aparece no anunciozinho, com aquela musiquinha da tretazinha a tocar, e eu corro para o comando da televisão como um papparazzi em direcção ao Mercedes da Diana. Mesmo antes de aparecer o coitado do elefante (o melhor actor do anúncio, diga-se).

Por outro lado, o anúncio da Nestea ganha aos pontos ao nível da imbecilidade e parolice. Onde é que eles foram buscar aquele slogan tão interessante quanto incompreensível do “Mudasti?” Quem é que terá sido a besta criativa por detrás de tão prodigioso insight? E quem é que terá sido o responsável de marketing da empresa que, em ocasião oportuna, se deve ter virado para ele para lhe dizer “grande ideia!”? (aliás, quando os anúncios são assim tão maus, desconfio logo que o cliente tenha metido a unhaca mais do que devia, em vez de deixar os publicitários trabalharem…)

(vá lá, não sejamos mauzinhos… ainda piores são os anúncios de álcool. Cervejas, vinhos do Porto, bebidas exóticas e espirituosas, enfim… a lista de publicidade imbecilo-alcóolica é tão prolífica e abundante que nos leva a crer que os responsáveis pelo marketing andam a abusar muito do produto que estão a tentar vender durante o próprio acto criativo…)

Seja como for, gostava de obter a opinião das pessoas em geral. Pode ser que a vontade de rachar a televisão ao meio com um machado cada vez que vejo certos anúncios só me afecte a mim.

Mas, em abono da verdade, de uma coisa não podemos queixar, que é da falta de eficácia destes anúncios: tão cedo não ponho os pés num Pão-de-Açúcar nem sequer provo a merda do Nestea! Talvez a publicidade não tenha funcionado bem como eles queriam, mas funcionou. Nos dias que correm, o que interessa é causar uma impressão. Se é boa ou má, isso já são pormenores.




Ora aí está uma questão pertinente! Em relação ao Nestea, parece-me que “mudasti” resulta da expressão “muda de iced tea”. Se esta for lida depressa e até à exaustão gera algo parecido com “mudasti”. Quanta criatividade… Apesar de os variados anúncios desta marca serem, para mim, idiotas, acho que o prémio “mais irritante, cretino, imbecil e parolo” vai para o do “trevo na tromba do elefante”. Sem palavras para este anúncio. Felizmente, o meu cérebro já se abstrai automaticamente desta música mal a começo a ouvir.

Mas como dizes, os maus anúncios não se ficam apenas por estes dois. O “Ao mar, ao mar! Ao bar, ao bar!” e o “Trrim, trrim” são, por exemplo, outras pérolas. Se bem que o segundo tem a atenuante que todos nós sabemos (ou três atenuantes, se preferires). Como tal, é um anúncio agradável de se ver com a televisão sem som. Já o primeiro tem umas falas totalmente adequadas a um bando de bêbedos. Coerente com o produto que se pretende publicitar, portanto.

É este tipo de publicidade que também me irrita e que quase me faz perder a vontade de ver algumas séries ou filmes decentes que os canais de televisão teimam em colocar tarde e às más horas, tal é a duração dos intervalos e, por conseguinte, a quantidade de estupidez que sou forçado a ver.

Mas vê o lado positivo disto tudo: porque não realizar um videocast em que se destroem umas quantas televisões por estarem a passar este tipo de publicidade? Cada uma destruída à sua maneira, claro: machado (boa ideia!), bastão, caçadeira (ao bom estilo do Herman José), lançamento através da janela de um prédio… E não, não tenho televisões a mais cá em casa.


Olá!
Eis o que faltava. Um post a comentar as publicidades ridículas que surgem nos meios de comunicação, revelando toda a estupidez do acto criativo ou meramente espelhando a estupidez do púbico alvo.
Confesso que a do “Trim! Trim!” provoca na minha pessoa espanto pela forma como, desde o mais antigo em que as miúdas pediam para lhes telefonarmos até ao actual em que arrombam uma casa para instalar serviços à revelia do proprietário, publicitam, serviço despertar incluído, a forma de proxenetismo mais frontal nas publicidades até aos nossos dias. Não indicam que três jovens procuram cavalheiro para instalarem cabos em orifícios e proporcionarem conversas interessantes, não. Pavoneiam-se em trajes menores em casa alheia roçando-se no proprietário com maneirismos que se traduzem num: “Queres? Então anda cá borrachinho!”.
A TV CABO deveria passar em rodapé que as boazonas não estão incluídas no pacote, nem no básico nem no premium, nem tão pouco serão assim ou remotamente parecidos os técnicos que farão a instalação do serviço (contem antes com o bom velho Tony de pêlo no peito[1], barriga[2] de barril e a tradicional bigodaça[3]. Pensando bem, a Galp já obrigou algumas modelos a carregarem botijas de gás para que meia dúzia de rebarbados pudesse vê-las sôfregas… com o peso da bilha.
Ainda assim é melhor prevenir, pois se houve quem telefonasse a reclamar pelo simples facto do seu Citroën C4 não dançar como na PUB, estou certo que existem pessoas que podem ficar aborrecidas se abrirem a porta de boxer desejando o trio maravilha mas encontrando apenas a trindade do Tony.
Há alturas em que penso que alguns destes criativos deveriam fazer como o Cristiano Ronaldo, não é fazer figura de parvo a jogar à bola na baixa lisboeta, mas sim entregar a bola a quem sabe. Quem é que me explica qual é a inspiração iluminada de um criativo que decide que a melhor imagem para a COFIDIS – instituição financeira de crédito, é um grupo de pessoas enterradas na areia até ao pescoço que remete para uma ideia: ”venha enterrar-se connosco… com dívidas até ao pescoço!”
Outra situação que me irrita é a constante pressão da realização e competitividade pelo sucesso e evidência do indivíduo, que ultimamente se traduz no conceito de que se os seus filhos estiverem com a roupa mais branca, sobressaem e tem a preferência dos professores, logo maior sucesso. Convenhamos que o sucesso no feminino em termos de publicidade é o conceito de super mulher, super mãe, super esposa, super profissional, inteligente, atlética e linda, capaz de correr, saltar, escalar, fazer rapel, enfrentar feras e solucionar enigmas para poder finalmente abrir a porta secreta e para quê? …Para ter acesso e revelar o produto mais eficaz para limpar a merda que os outros fizeram.
Mas parabéns a publicidades como a do miúdo no carro e da sua mãe que não come fruta, inteligente, informativa, engraçada e de facto criativa.
“Há coisas fantásticas não há?!”


Eu cada vez mais olho para a publidade como um medicamento. Nós tomamos medicamentos para alterar apenas algumas partes do nosso corpo. Como tal, a publicidade é feita para atingir certas pessoas ou públicos-alvo. O que faz com que certos anúncios se tornem estupidamente irritantes para quem não pertence a esse grupo (mais ou menos restrito).

No entanto, tenho pena que não se faça publicidade melhor por cá. Basta ir a Inglaterra para se ver anúncios espectaculares na televisão (claro que também têm as chichadas do costume, mas o rácio de qualidade/merdice é muito maior).

E não se pense que a culpa é dos publicitários. A maior parte das vezes, a culpa é das ideias imbecis dos clientes, quer seja porque acham que sabem o que querem ou porque se metem demais no trabalho dos outros.
Porque os nossos publicitários fazem trabalhos muito bons. Sempre que vão lá fora ganham prémios. Costuma ser é com fantasmas, mas pronto.


“fantasmas”?!


Fantasmas são anúncios que não chegaram a ver a luz do dia. São as ideias mais arrojadas dos criativos postas em prática, grande parte das vezes a custo zero para o cliente. Apenas uma forma da agência de publicidade dizer “se fôssemos nós a fazer o anúncio, era isto que gostávamos de ter feito”. Muitos desses anúncios vão aos festivais internacionais de publicidade e ganham prémios.

O que significa que temos cá talento criativo. Mas tanto na net como na televisão como na publicidade, o que também temos em demasia são clientes e superiores hierárquicos arrogantes que acham que sabem sempre o que querem, e que não dão oportunidades àqueles a quem estão a confiar o trabalho. Isto acontece a todos os níveis, desde a música, arte, literatura, publicidade, televisão, etc. Ou acham que toda a classe criativa é atrasada mental neste país?

Infelizmente, a arrogância e falta de humildade são problemas endémicos neste país. Eu começo todos os meus dias com meia-dúzia de frases na cabeça, que são “Ainda estás vivo. Não és nada de especial, és igual aos outros e um dia vais morrer. Agora vai, levanta esse cu da cama e diverte-te um bocado hoje.” A vida é curta e frágil demais para nos darmos ao luxo de ser arrogantes…


Talvez não seja demais mencionar, para aqueles que se interessam por estes assuntos, que existe um festival dedicado a premiar os piores anúncios. Trata-se do Festival do Cano.

Já há uns tempos que me afastei da imprensa publicitária, pelo que não tenho seguido o meio com atenção. Não sei se ainda fazem o festival ou não. Façam uma busca do Google e vejam o que encontram.

Quanto às meninas da TV Cabo, bem… enquanto as mulheres tiverem curvas e os homens gostarem de as observar, elas vão continuar a ser retratadas como objectos sexuais. Isso é tão antigo quanto a história da publicidade. A não ser que os homens, no futuro, deixem de ter poder de compra.


Por falar em álcool, esqueceste-te de mencionar essa colecção de obras de arte da imbecilidade: os anúncios a perfumes.

Para mim, o anúncio do Davidoff Cool Water com o aquele tipo convencido do Lost leva o prémio…


Detesto o “Mudasti” mas, desculpem lá, acho piada á tromba do elefante.
Irritante era a publicidade á telenovela “Chiquititas”.


Também há aquele anuncio, penso que é da Cofidis, com um gajo com cuequinha à “tigresse” a fazer musculos…. ou o anuncio da gelatina royal, com toda a familia a dar à anca, a dançar. “eu gosto, tu gostas, gela, gelatina, é royal” O meu favorito a dançar é o pai! desengonça-se todo!


É uma competição renhida, mas eu terei de optar pelo do elefante. Aliás, nem tinha autoridade moral para fazer outra coisa, depois de ter escrito há tempos um post sobre isso.

Apareceu recentemente um outro anúncio que eu também abomino com todas as células do meu ser: o das Refeições Prontas Nobre Viva. É um anúncio em que um homem ou uma mulher começam a falar e, às tantas, ficam com uma voz de criança.
Eu admito que é razoavelmente imaginativo, e até conheço pessoas que dizem chegar a GOSTAR do anúncio. Mas, francamente, quando vejo aquilo (e todas as vezes que vou ao cinema o sacana do anúncio dá antes do filme) só me apetece esmagar o crânio daquele pessoal com uma tábua crivada de pregos ferrugentos. E eu não sou uma pessoa violenta.


Os meus parabéns ao Sr.RAFA (29(08) pela sua brilhante dissertação sobre a publicidade televisiva que nos impingem. Apenas um senão: os utentes mais puritanos deste DQD, poder-se-ão sentir um pouco imcomodados com o teor sexista, eventualmente erótico, das suas palavras que abaixo inserimos. De facto, abordar o pacote das boazonas da TV Cabo ou a sofreguidão das modelos com o peso da sua bilha, é menos próprio para este espaço, embora, estou certo, não tenha sido esse o pensamento do autor deste comentário.

“A TV CABO deveria passar em rodapé que as boazonas não estão incluídas no pacote, nem no básico nem no premium, nem tão pouco serão assim ou remotamente parecidos os técnicos que farão a instalação do serviço (contem antes com o bom velho Tony de pêlo no peito[1], barriga[2] de barril e a tradicional bigodaça[3]. Pensando bem, a Galp já obrigou algumas modelos a carregarem botijas de gás para que meia dúzia de rebarbados pudesse vê-las sôfregas… com o peso da bilha.”

Quanto ao miúdo que não come fruta,faço votos que, daqui a alguns anos, quando ele eventualmente se encontrar numa banheira num banho de espuma, acompanhado duam esbelta senhora, não se pronuncie da seguinte forma: “o que me apetecia agora era um atunzinho à moda da Beira-Baixa com tomate e ovo … bem bom”!


Obrigado Sr. Manuel Santos.
Sobre os termos empregues no meu comentário apresento um sincero pedido de desculpa se ofendi alguém, não foi de facto a minha intenção. Pretendia apenas referir de uma forma frontal a minha percepção das intenções subjacentes às opções criativas dessas publicidades.
Como referiu na sua observação é compreensível que a minha intenção não seja afrontar, constatação, penso que, evidente quando o excerto referido é contextualizado com o restante comentário.
De futuro tentarei ter mais cuidado, gostei do seu comentário à PUB do atum =).
Um abraço.


Calma, gente! Nem tanto ao mar nem tanto à terra. Daí ao comentário da bilha ser ofensivo… especialmente para um leitor DQD! Eu até tinha achado piada à piada.

O que me deixou realmente triste, isso sim, foi perceber que a morenita da TV Cabo (a minha preferida! Só não me perguntem se é a Teresinha ou Sandrinha ou a Filipinha…) tem tanto jeito para locução como eu para fazer depilações… Francamente, uma carinha tão gira e a falar com tanta falta de jeito. É o que dá usar crianças em vez de mulheres.


André, será que te estás a referir à Rita? (confirma aqui. Já agora, no caso de andares muito distraído, mudaram de raparigas… Talvez gostes de saber que, apesar de mudarem as caras, os nomes mantêm-se.


Acho que é a Rita, sim. É aquela morenita nova que se senta mais à esquerda no anúncio, dentro do carro (ou mais à direita, se for do ponto de vista delas). Não estou a falar das miúdas antigas. Essas já estão velhas e gastas! Enfim… (suspiro) Estou velho também! O que vale é que daqui a uns tempos vamos vê-las todas em trajes menores na Maxmen…


Já que estamos numa de “preferências”, eu cá aponto para a do meio, a “Joana”. Por sinal, na realidade chama-se Joana Freitas e é modelo da Central Models. (Fiz o trabalho de casa…) E o pormenor do alinhamento das três raparigas segundo as cores do que têm vestido (ou do que ainda está vestido, como é o caso da “Rita”)?


f*da-se… o do elefante e aquela música que me dá nos nervos é o pior de tudo. mudo de canal assim que começa para nem ter de ouvir a letra pq a fico a cantar todo o santo dia e é uma vergonha.
o da gelatina royal dá-me vontade de dar c um pau nas costas de toda aquela gente que faz aqueles moovimentos cretinos. tenho dito bjs


Não querendo referir os anúncios que vocês já desancaram, e bem, a meu ver, vou apontar outros que também me irritam solenemente.

Qualquer anúncio de detergentes, roupa, loiça, etc. tirando a publicidade do Skip que estava muito boa, por fugir ao normal, o resto é tudo de bradar aos céus! principalmente a do Bold, se ainda se lembram.

E os hiper/supermercados… horrível do ponto de vista criativo. O slogan “Só” só dá mesmo pena.

Quanto às bebidas alcóolicas, a meu ver a Superbock vinha num crescendo de qualidade na sua publicidade, até ter mudado para as produções ficticias.

Já agora, não se limitem a analisar só a publicidade televisava, os outdoors, imprensa, etc, são bem mais cativantes do ponto de vista do criativo pois representam um desafio muito maior para captar a atenção.


Depois de ter lido todos os comentários sobre os (piores) anúncios, há um em que ninguém falou: o do MEO. Quem criou aquele anúncio deveria ser açoitado em praça pública, e eu não sou uma pessoa violenta. Tenho de dizer que as ideias fundamentais do produto estão lá, mas podiam ter feito aquilo em menos tempo e sem a “dança” do protagonista. E aqueles “passes” com o comando!!! O que salva a situação são dois factores: o primeiro, que aquilo é exclusivo das salas de cinema (isso significa que não o gramamos no intervalo dos filmes); o segundo é que, no bom costume português, ainda há pessoas a entrar na sala nessa altura, o que vem distrair um bocadinho.
Em relação ao trevo, ao elefante, ao Nestea e ao slogan, de facto, nada se aproveita. Aliás, nem esses nem os anúncios sobre telecomunicações (um pior que o outro), tv cabo, super e hipermercados, perfumes, produtos de higiene,etc, etc, etc e a lista continua.
Sou obrigada a fazer uma referência positiva aos anúncios da Super Bock Tango e Super Bock Abadia. Ideias simples e eficazes.
Lamentavelmente são poucos os anúncios que não enervem o espectador (especialmente se surgem 3 vezes!!!! num intervalo) e menos ainda aqueles que marquem pela positiva.
Recentemente fiquei a saber que o anúncio, sobre a violação dos direitos das crianças, de uma filha que visita a mãe num lar e onde a idosa confessa os maus tratos sofridos em criança nas mãos dos pais foi proibido de ser exibido. Não sei se esta informação é verdadeira, mas de facto este anúncio desapareceu. Seria por causa do conteúdo, dos aplausos que recebeu, da importante mensagem
E é assim se trata o público português: como ignorantes.

Deixe o seu comentário