Emails em cadeia. Aquele que nunca recebeu um desses emails pirosos que atire a primeira pedra! Estou a falar daquelas mensagens lamechas que são enviadas a supostos “verdadeiros amigos” (embora a grande maioria chegue à minha caixa de correio vindos de pessoas que não conheço de lado algum). Mais curioso ainda é a condição da manutenção desse título. Só seremos “amigos verdadeiros” se respondermos de volta e passarmos a mensagem ao resto do mundo. São coisas a mais para se exigir a alguém, nos dias que correm.

Durante uns tempos, convenci-me que essas mensagens eram escritas no gozo. Só podia ser a única explicação racional. Ou seria mesmo possível que as pessoas levassem aquelas merdas a sério?! Com o passar do tempo, porém, fui-me apercebendo que há mesmo muita gente a prestar atenção às ditas mensagens.

A minha posição era mais radical nessa altura. Cortava automaticamente as relações com as pessoas que me enviavam essas mensagens, deixava de lhes responder aos telefonemas e sms, mandava-lhes ameaças de bomba disfarçadas de cartões de Natal. Cheguei mesmo a imaginar-me com um rolo de arame farpado a raspar a pele das costas duma dessas pessoas.

Mas tudo isso mudou. Hoje sou uma pessoa moderada. Hoje compreendo que, se há gente estúpida à minha volta, a culpa não é deles mas sim minha. Que raio de ser humano seria eu se não fizesse o que está ao meu alcance para tentar ajudar aqueles que são mais limitados?

É por isso que quero devolver alguma coisa à minha comunidade!
Em baixo encontrarão mais uma dessas histórias fatelas que poderão copiar e enviar para os vossos amigos com dificuldades de aprendizagem. É uma metáfora em forma de história, pois parece ser essa a ferramenta ideal para este tipo de pessoas compreender e estabelecer relações causais nas suas cabecinhas.

Se você é uma destas pessoas limitadas (nesse caso, o que é que está aqui a fazer?!), provavelmente não compreenderá a metáfora mas concentrar-se-á apenas na história. Não se preocupe: é essa a ideia!
Se você é daquelas pessoas que também se sentem incomodadas por receber emails em cadeia, dia sim, dia não, então experimente enviar esta história aos seus amigos mais foleiros. Os resultados serão surpreendentes!

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A fábula do velho e do burro

Um velho sábio caminhava com um burro à saída duma vila, no interior do país. Parou à beira da estrada para descansar. Cansado e sedento, o velho pediu água a um jovem agricultor de 50 anos que se encontrava a fumar um cigarro junto ao portão da sua quinta. O agricultor acedeu ao pedido, trazendo-lhe uma garrafa. O velho agradeceu e perguntou se poderia fazer algo pelo homem. O homem respondeu que sim.

– Sabe – disse o agricultor – o meu pai faleceu há dois dias. E deixou a mim e ao meu irmão 17 burros parecidos com o seu. O problema é que estamos com dificuldades em dividi-los. Ele disse que metade dos burros ficariam para mim, um terço deles para o meu irmão do meio, e um nono para o irmão mais novo. Mas como raio é que nós vamos dividir 17 burros ao meio?! Eles dão muito mais jeito vivos do que mortos!

– Leve-me para junto dos seus irmãos. Eu resolver-lhe-ei o problema. – respondeu o velho sábio.

Chegados à moradia, o velho apercebeu-se que os irmãos discutiam perto de um poço.
E foi então que disse

– Aqui está. Aceitem o meu burro como uma oferta minha para ajudar a resolver o vosso problema.

Todos olharam duma forma estranha para o velho.
Ele continuou o seu discurso.

– Agora vocês têm 18 burros para dividir. Metade desses burros ficam para o irmão mais velho. São 9 burros. Um terço ficará para o irmão do meio. São 6 burros (18/3). E um nono para o irmão mais novo. São 2 burros (18/9).

– Mas espere lá, meu amigo! – responde um dos irmãos – isso dá um total de 17 burros! (9 + 6 + 2)
– Sim, é verdade. – respondeu o velho calmamente – Então se não se importarem devolvam-me o meu burro, que eu tenho de me pôr a andar e já se faz tarde!

É isto que se passa com os nossos verdadeiros amigos: eles entram na nossa vida e tornam-na melhor do que ela era antes de terem chegado. Não deixe o seu amigo verdadeiro fazer-se à estrada! Envie-lhe já este email. Ele vai apreciar o valor que você lhe está a dar.

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