siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

DQD – a edição desportiva

Eu sei que não é habitual falar de futebol neste site mas, em abono da verdade, este post também não é sobre futebol. É sobre a inquebrantável determinação, sobre a luta do Homem no sentido de tornar reais os seus sonhos, de concretizar o seu projecto de vida, de enfrentar mano-a-mano as imponderáveis forças do destino e de, no final, sair vitorioso.
Também no futebol profissional – um meio freneticamente rápido, onde a generalidade das decisões são tomadas no momento, sem tempo para uma meditação mais cuidada – também aqui é bom poder surpreender, uma vez por outra, um exemplo desta sublimação do humano; a hybris de um personagem que, ao invés de deixar as coisas ao Deus-dará, elabora um cuidadoso plano onde nem o mais insignificante dos detalhes é deixado ao acaso. É precisamente isto que se passa no Futebol Clube do Porto e, em particular, com o autêntico herói trágico que é Pinto da Costa.
Muitos poderão interpretar, com efeito, a recente demissão do treinador Co Adriaanse, como um desaire, como único desfecho possível (embora mais ou menos surpreendente) para uma situação resultante do conflito de opiniões irreconciliáveis. Nada mais errado! Eu sou levado a crer que o episódio Co Adriaanse é apenas um capítulo numa narrativa muitíssimo mais vasta que, agora, se prepara para o grande clímax.
É tudo uma questão de ler os indícios correctamente. E esses podem ser encontrados numa entrevista recentemente dada ao diário A Bola pela figura-de-proa do FCP.
Nela, Pinto da Costa afirma que «Jesualdo Ferreira já estava para vir deste 1984» (para a notícia completa, clicar aqui).
Desde 1984, notem bem! Ah, pobre e iludido Co Adriaanse que, no cume da sua soberba, pensava que iria deixar o clube nortenho numa posição difícil. Não poderia adivinhar jamais o seu estatuto de pequenito peão neste grande jogo que é o namoro Jesualdo-FCP, assim como não poderia adivinhar que, através da sua acção, seria precisamente ele o grande catalizador que levaria, por fim, à consumação desta secreta relação que durante anos (22 anos!) hibernou subterraneamente, ganhando força, esperando o momento para se revelar ao mundo em fulgurante apoteose.

Todos nós devemos tirar poderosas lições disto…




Meu caro, nesta vida nada é deixado ao acaso. Eu, por exemplo, levei 9 meses para nascer, e os meus progenitores nem são pessoas de fazer grandes planos.
O fim-de-semana começa a planear-se seis dias antes, e as férias com 48 semanas de antecedência.
O próprio salário de qualquer português já tem o seu fatal destino traçado entre 30 a 60 dias antes de estar na conta – isto para os mais distraídos, porque aqueles que gostam de planear as coisas como deve ser, gastam-no muito antes de arranjar emprego.
Os intrincados meandros do mundo da bola nada são quando comparados com a engenhosa argúcia do cidadão anónimo.


Para os lados daquele clube há grandes filósofos. e que tal um post sobre a ausência de estrutura mental do Ricardo para o sucesso “nem parece um termo usado por um futebolista”, (mas o Baía, é mais que isso) para catalogar o Ricardo. Discorram sobre isso.


A dor de cotovelo do Baía é tão grande em relação ao Ricardo, que até faz doer a quem o viu na entrevista.


Ele não dá ponto sem nó!

E o que o Pinto da Costa quis dizer com “desde 1984 que queríamos contratar o Jesualdo para adjunto do Artur mas não foi possível porque já havia um adjunto contratado!” foi apenas mais uma das suas facadas recheadas de ironia contra o Octavio Machado!

Sacana do Papa não perdoa uma, mesmo demorando 22 anos a fazê-lo.

PS: benfiquista assumido, eu!

Deixe o seu comentário