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Desejo

Os mamilos dela pareciam cerejas. Vermelhos, quase brilhantes, convidativos e a pedirem para ser degustados. Permanentemente erectos, como se o mundo fosse algo bom demais para lhes passar ao lado. O seu corpo possuía um tom dourado como um pôr-do-sol numa tarde de Verão. O cabelo comprido e sedoso descia-lhe pelo pescoço abaixo como uma cascata de azeite a sair de um galheteiro.
Costumava dar-lhe uma pequena palmadinha carinhosa no seu rabo firme antes de a “montar”. Ela gostava disso. Emitia ruídos imperceptíveis. Sucessões de inspirações e expirações rápidas, capazes apenas de serem descodificadas pelos mais entendidos na linguagem da paixão.
A entrega era total. Sempre! Trepava pelo seu corpo acima e com ela percorria o mundo como se não houvesse amanhã. Ela adorava ficar por baixo. Gostava de sentir o meu peso. E eu, deliciado e com a sensação de que não precisava de mais nada na vida, agarrava-me fortemente a ela e deixava-me embalar naquele ritmo frenético e galopante.
As saudades que eu tenho daquela égua!
Nunca mais me vou esquecer dela…




Está demais!! É quase a versão moderna e despreocupada (e emancipada) do poema “De Tarde” de Cesário Verde.


Já me estavas a deixar em ponto de rebuçado.


Olha se fosse ela que gostasse de ficar por cima…tavas lixado!

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