Caros Senhores,

Após ter feito uns telefonemas, foi-me indicada esta morada como o local mais correcto para o envio de correspondência deste teor. Gostaria que me pudessem auxiliar nalgumas questões.
Sou engenheiro de sistemas, e recentemente apaixonei-me por sociologia, pelo que me encontro a pesquisar para um mestrado nesta área, na Universidade Nova de Lisboa.
Um dos pontos focais da minha tese de mestrado cujo tema é “A Criminalidade nos Estados de Direito”, incide –precisamente- num assunto aos quais os senhores não serão, de todo, estranhos. Trata-se de assaltos a instituições bancárias. Apesar de ser uma área englobativa das mais diversas vertentes académicas como a Psicologia, Sociologia, etc. não deixa de ser um assunto que convém sempre rebater e actualizar, numa tentativa de tentar perceber padrões e motivos.

Provavelmente menos do que no passado, as instituições bancárias continuam a ser lesadas por este tipo de crime. A maneira como este crime tem vindo a ser praticado é que tem mudado ao longo do tempo. Se os assaltos à mão armada continuam em voga, se calhar é hoje tão fundamental investir num sistema de segurança que proteja os bancos não apenas de ataques de físicos de seres humanos, mas também de ataques informáticos. Mas, por este tipo de ataques serem relativamente recentes, encontram-se já muito bem documentados.
A minha questão (porque não quero tomar muito do seu tempo) é: sabe ou tem conhecimento ou experiência de alguma instituição bancária que já tenha sido assaltada por carta ou telefone?
Sei que parece uma pergunta invulgar (e é-o, de facto), mas também é um facto que não existem documentos que provem que algum banco ou caixa de crédito alguma vez tenha sido assaltada desta maneira. Eu suspeito que algo já tenha acontecido dessa forma, mas que tenha sido encoberto pelas próprias instituições, provavelmente numa tentativa de evitar desconfiança por parte dos clientes.

Agradecia, portanto, se pudesse dispender de 5 minutos do seu tempo para me auxiliar nesta questão.

Esperando ansiosamente notícias da V/parte,

Atentamente,
Acácio S. Jeremias (Eng.)

Leia a resposta do banco Totta a esta carta.