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David Carradine – R.I.P.

Hoje gostaria de aproveitar este espaço, geralmente preenchido com inconsequentes palermices e estupidezes várias, para deixar uma sentida homenagem a um ídolo pessoal, que recentemente nos deixou: David Carradine.

Faz parte do meu imaginário infanto-juvenil a imortal série de televisão Kung Fu, onde o actor interpretava com rara mestria a personagem principal Kwai Chang Caine. Muitas e valiosas lições nos chegavam pelas acções do protagonista. A minha favorita era a de se ser capaz de andar em cima de areia sem deixar marcas. Lembro-me de tentar, com afinco, fazer isto nas nossas praias. Sempre sem sucesso.

Esta morte fora de tempo afecta-me (eu sei que já foi há algum tempo: tenho estado em luto desde então). E o que eu gostaria era que homenageássemos, eu e o leitor, este actor durante alguns momentos, em silêncio.

Gostaria também de pedir ao leitor para recordar David Carradine. Pense em David Carradine quando andar nos seus afazeres diários. Pense no David Carradine quando estiver no trânsito, a precisar de uma boa dose de estoicismo zen. Mas, acima de tudo, pense no David Carradine quando estiver em casa, a tocar-se de forma marota.

David Carradine vem engrossar (e aqui chamo a atenção para o espirituoso uso da expressão “engrossar”, neste contexto) as fileiras de celebridades falecidas enquanto se aventuravam pelos sempre traiçoeiros caminhos da asfixia auto-erótica. Como o leitor saberá, o actor foi encontrado morto dentro do armário do seu quarto de hotel na Tailândia (onde se encontrava em rodagem de mais um clássico da sua filmografia), com uma corda apertada em volta do pescoço e do pénis.

Pensai, agora, na elevação ímpar deste homem. David Carradine era uma super-estrela do mundo do espectáculo. Conhecido e adorado no mundo inteiro. Próspero. E deixou ele que tudo isso lhe subisse à cabeça? Não, não deixou! Até no momento da sua morte, David Carradine deixa ao mundo uma poderosa lição de humildade. Parece que o estou a ouvir:

“Sim, estamos na Tailândia.”
“Sim, há por aí gajas capazes de espremer laranjas com a senaita.”
“Mas a mim, quem me tira o meu cordel, tira-me tudo!”

Descansa em paz, David Carradine.




É uma sentida homenagem, com o elevado sentido de luto que a figura merece. Já agora, alguém sabe o nome da técnica que o levou à prematura (bom, mais ou menos, o homem sempre tinha 73 anos) morte? Gostava de saber mais sobre o assunto. E mais uma coisa, já alguém se deu ao trabalho de apreciar o vigor másculo deste homem que aos 73 anos ainda tinha uma erecção capaz de esticar uma corda ao ponto de o sufocar?


Já morreu mais um.


Para quando um novo podcast? Estou à espera 😉


Olhem, morreu, mas morreu feliz e, ainda por cima, ficou isento de pagar impostos. Quando chegar a minha hora, também quero morrer mais ou menos assim, se possivel no meio de duas tailandesas (se forem chinesas tb não me importo…)

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