siga-nos nas redes
Facebook
Twitter
rss
iTunes

Querido Pai Natal:

Como não possuo o teu número de telefone, ou mesmo o teu endereço de correio electrónico, venho por este meio colocar a minha lista de prendas neste site, na esperança de que o visites e percebas alguma coisinha de português.

Reconheço que este ano não estive no meu melhor. Não lavei os dentes todos os dias, deixei pinguinhas de ácido úrico no tampo da sanita, vi algumas vezes a Revolta dos Pastéis de Nata, fiz concursos de flatos com o meu primo Zé Manuel (que é taxista, mas vive para os lados de Moreira de Cónegos), entre outras coisas.

No entanto tens de convir que também fiz coisas bastante boas, das quais me orgulho de sobremaneira. Preguei a Boa-Nova do Agrotuning com particular intensidade, comecei a escrever o livro de introdução ao tuning agrário, fiz os meus primeiros ovos mexidos e, finalmente, consegui abrir garrafas de cerveja com as órbitas oculares. Também já consegui arrotar de propósito, mas não sei se isso conta porque me greguei a seguir. Mas, no cômputo geral, excedi-em a mim próprio.

Pai Natal, tens de convir que, quer queiras quer não, este foi um ano bastante profícuo em boas acções, não obstante as traquinices que fiz. Desta forma, julgo-me merecedor de te fazer alguns pedidos.
Eu sei que temos de apertar o cinto e que, para ti, isso deve ser algo difícil. Por isso venho só pedir meia-dúzia de traquitanas e acreditar que finalmente me vais dar ouvidos e oferecer algo do que te peço e não meias com camelos e raquetes.

Primeiramente gostaria que me oferecesses um kit de alpinismo, pois já fiz as tábuas dos Mandamentos, mas ainda não consegui subir a nenhuma montanha para fazer aquela cena das luzes divinas. Está bem que podia ir à Torre Vasco da Gama e levar uns neons, mas não é bem a mesma coisa.

Depois gostava de receber uma caixinha com cartas do World of Warcraft. Passo os dias a ouvir aqui na Garagem piadas como “Polymorph!” (tradução: a criatura alvo transfroma-se numa ovelha) ou “tive um dia extenuante… Côup de Grace!” (tradução: destrói o aliado alvo exhausted) e a única coisa que consigo responder é algo do género “Wingardium Leviosa…” (tradução: vão levar no rabinho seus coninhas de sabão!!!). É triste, mas sinto-me rejeitado pela sociedade, até pelos que não têm vida social, na medida em que prefiro só não ter vida social.

Por fim gostava de receber uma mulher bem gostosa, ardente de desejo carnal, sedenta por fazer o amor comigo. É que isto de andar a serrar a minha Maria o ano todo dá uma trabalheira do caraças, porque a gaja não corta a lã há cerca de um ano. Só para que vejam, la no trabalho é conhecida por Dolly. No entanto, se não conseguires a moça, ao menos traz uma auto-rebarbadora que eu próprio trato da tosquia.

Fico à espera Pai Natal. Cá terás o calicezinho de vinho do Porto à tua espera.




Xiça, pela minha milenar e branca barba…! Quantas vezes é preciso repetir, que o Pai Natal não existe…?!?!

Isso é uma grande aldrabice, inventada por alguém com inveja do meu fato e barrete vermelho!

Vê lá se queres que te atice a rena Florípedes…?!?!

Mas ca g’anda porra hein…! Só me sai é disto… OOOh OOOh OOOh!!!


mas ainda podiamos fazer uma patoscada com a dolly e o vinho do porto!


ups, patuscada. miopia selectiva de momento.


Bolas!!! Já não se fazem Pais Natal como antigamente!

Deixe o seu comentário