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As pistas da Blue

As pistas da Blue. Por mais que se esconda não há quem na população portuguesa não tenha ouvido falar dessa mítica cadelinha de olhar esgazeado, a Blue. No entanto, e, apesar de todo o esplendor desta série infantil, esta continua a ser marginalizada.
Quando me mencionaram pela primeira vez “As pistas da Blue”, eu fiquei curioso. Descrita como excitante, viciante e intelectualmente estimulante, pensei tratar-se de uma nova produção de Woody Allen, que versasse sobre o fascinante mundo do motociclismo. Não podia estar mais enganado.

Desejoso de ver o novo grande êxito da 2:, fui para casa. Pelo caminho recordei uma das frases que Woody dissera numa das suas películas, que tive oportunidade de visionar recentemente, no recato do meu humilde lar. “Acima de tudo, sê original. E, se tiveres de copiar, ao menos copia os melhores”. O engraçado é que, por mais absurda que esta frase pareça, ela é uma das mais bem conseguidas do nosso amiguinho. Só alguém dotado de excepcional capacidade de análise e raciocínio conseguiria reduzir a duas meras frases o “Manual de acesso ao Ensino Superior”, enquanto cascava na obra de Margarida Rebelo Pinto e no seu desmesurado ego.
Ao chegar a casa, mal fechei a porta, fui especar-me em frente do televisor. Duarte, um jovem de porte atlético e cara de reguila, já me aguardava. Bem-falante, começou a meter conversa comigo. Uma coisa leva a outra e, lá dei por mim a participar no fascinante mundo da Blue.

Ora bem, mas em que consiste este programa? Passo a explicar. “As pistas da Blue” são um bocado como policiais, mas em ponto pequeno, menos, ou mesmo nada elaborados (tipo Rex, Max e assim). Neste caso, o espectador é convidado para em cada episódio tentar ajudar o Duarte a deslindar intrincados enigmas de forma a perceber o que a cadelinha nos pretende transmitir, mas, que, por impedimentos de ordem biológica, não é capaz de nos transmitir. Para tal utiliza os mais variados objectos, que variam entre a mítica cadeira de pensar ou o simples bloco de notas, onde desenha com traços surrealistas as pistas que vai encontrando.
“As pistas da Blue” estão repletas de estranhos objectos. Ora é o bloco de notas, ora é a cadeira de pensar, ora o raio que os parta. A verdade, pura e dura, é que os produtores nos encharcam a moleirinha com estas parvoíces. E a cadeira de pensar é sem dúvida das peças mais enigmáticas deste programa. Eu gostava é que alguém me explicasse porque é que escondem a verdadeira e única cadeira de pensar que eu conheço: a nossa amiguinha de porcelana. Porquê marginalizá-la? Já não bastam as humilhantes condições de trabalho a que estão sujeitas?
Confesso; eu nunca fui muito apologista das drogas, mas a verdade é que neste caso estão de parabéns. Na Blue há de tudo: desde paprikas e caixas de correio falantes, ao esparralhoto que dança, aquilo é uma alegria. Mas sejamos francos: aquilo não faz sentido. É como pôr Fiúza ou mesmo Bush a falar: um verdadeiro atentado à inteligência

Mas, o que efectivamente me choca não é a série em si. Ela até tem qualidade. Os enredos batem aos pontos o rival Max e o Duarte é bem mais convincente que o inspector Jorge Mendes. Só não percebo como classificam esta série como “para todas as audiências”. O inspector Max é bastante útil. É aliás, uma série fantástica, absolutamente imperdível para quém pretende seguir o curso de representação canina. Mas e a Blue? O que é que ensina aos putos?
Eu proponho algo de inovador para esta estação: uma imitação do Clube Morangos. Quero um programa onde se faça uma imitação rasca do Trl, já de si rasca. Quero um programa que tenha uma apresentadora que se encharca em ecstasy, outra que tem 26 anos e faça anúncios a cremes para adolescentes e um tipo buédas da dread mega fixe que, em cada 3 palavras diga 4 vezes alright e estale veementemente os dedos em sinal de aprovação a comentários parvos. Quero um público cheio de desdentados e com miúdas que dizem: “os meus pais são maus porque não me deixam sair à noite, só porque tenho 11 anos”. Quero anúncios onde se dêem não bicicletas, mas “bikes muita loucas”. Quero um programa com “bandas” que variem entre For Taste, FF e For Taste. Acima de tudo quero assim um programa para os fãs da Blue.
O Duarte pode estar a passar-se para o lado negro (leia-se cortou o cabelo à fashion), mas nós, verdadeiros amantes da Blue, não podemos deixar morrer o mito. Por um mundo melhor! Pela Blue!




O Duarte é sem duvida mais lento que um atradao mental (sem ofensa aos atrasados). Por isso é que os pais fazem os filhos, para o Duarte ter alguem com quem falar sem ser o Sr. Sal e Sra. Pimenta, o Sabão, a Caixa de Correio que penetra a casa duma maneira parva, o Tic-Tac e a Gaveta. De resto as crianças só servem para fazer barulho e dizer “Quero uma Pleishation” aos altos berros no Jumbo.


Pela Blue!


Bem, a verdade é que o programa funciona.

Aquele programa é dedicado ao público mais jovem mesmo, para crianças aí até aos 5 anos talvez.

É interessante o facto de ser interactivo.

E sempre é melhor do que por crianças de 3 e 4 anos a ver “Morangos com Açucar” e “Floribella”.

Não tenho nada contra “As pistas da Blue”. As crianças adoram, é dedicado a elas.

E é interessante ver como a interactividade funciona com elas.

Lembram-se dos “Teletubbies”?

Também ninguem gostava, mas o que é certo é que as crianças adoravam.

Óbvio que a programação para crianças/bebés nao nos agrada. Não nos é destinada.

Não estarei certa naquilo que digo?


Concordo com o Hello stranger até certo ponto.
Mas por outro lado não posso deixar de dizer o quão ridiculo acho aquilo tudo: os pulinhos do Duarte, as cantorias (mal cantadas!), tenho 2 sobrinhos com idades de 4 e 7 anos que gozam com aquilo..
Vamos salvar a Blue por favor!!


Tive que aproveitar esta brilhante ideia, e dizer de minha justiça…


amilcar tu sem duvida taz lá…
uma visão muito realista deste programas da nossa praça …
parabens pelo site vou continuar a vesitar…

abraço


mas claro que as pistas da blue são indicadas para crianças! agora há que ver uma coisa: o big brother é um programa para toda a família. isso faz dele um bom progama? faz com que não mereça uma piada ou mesmo um post inteiro? não; o fernando aguiar joga numa equipa de futebol. isso faz dele um jogador de futebol? não. é a mesma coisa. Amilcar continua o bom trabalho. Bem Haja


Bem, sou um verdadeiro fã das pistas da blue. Não um fã irónico mas daqueles a sério. Para quem o acha para atrasados pergunto: sabem o que é a Gestalt, alguma coisa de comportamento infantil? Com tanta eloquência no discurso estou certo que saberão. Reparem bem na forma, como por exemplo, os desenhos são feitos: formas primárias. Alguém se lembra de brincar com o ábaco? Os brinquedos com formas geométricas? As inumeras repetições da Rua Sésamo? A famosa Guiomar que falava pausadamente?
Talvez o Duarte seja demasiado expressivo, exageradamente aliás, mas o programa é muito bom para o target a que se dirige.
Já agora, parabéns pela publicidade que estão a fazer ao programa. Estão a torná-lo um mito… quem ganha é o Duarte. Muitos Parabéns.


ganha o Duarte e ganhamos todos nós, visto que desta forma o programa continua no ar! felicidade e jubilo para crianças e crianços, sem duvida!

força Duarte!!! e deixa-me crescer esse cabelo que o look fashion não te assenta (definitivamente, a sério… é que já tentei habituar-me. mas assim já perdeste o ar brilhante ao qual tão bem me habituei…)!!!!

força amilcar!!


Eu, pessoalmente não acho grande graça às “Pistas da Blue”, mas eu tenho quase meio século de existência e uma coisa vos garanto: aqui na minha Escolinha os meninos de 1 ano ADORAM.


A minha filha é fã, aquilo é sem dúvida um sucesso.


a verdade é que as pistas da blue são msm viciantes! nem que seja só por saber onde é que os cães enfiam as patas quando ninguém está a ver! 🙂


bem…pra começar quero t dar os parabens pq ta aqui um textinho valente!
ta deveras emocionante!!!
estas pistas da blue dao cabo de nós!!!
xD
bju*


Olá! Só quero dizer que tenho 26 anos e sou fã do programa. É claro que o facto de ser professora do 1ºciclo e ser, acima de tudo, mãe em muito contribui para este facto, mas que gosto, gosto. O programa está muito bem feito e o Duarte representa muito bem o papel que lhe é destinado,… porque meus amigos num desenho animado, como em qualquer outra série, além do papel educativo, há que existir a vertente do ilusório, pois é isso que a todos atraí, o poder de sonhar, o imaginário,…no que confere ao programa ser para todos, é claro que este é dirigido aos mais pequenos a que os pais se devem juntar, isto no conceito de família e partilha…
E já agora: “É A HORA DO ADEUS, OBRIGADO POR SEREM COMPANHEIROS TÃO BONS, DESCOBRIMOS JUNTOS AS PISTAS DA BLUE, JUNTOS FOMOS OS MELHORES,….SOMOS OS MELHORES”.

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