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O homem e o animal

menina_estas_a_janela.jpgTodos aqueles que se dão bem com os cães (como é o meu caso) decerto já repararam num fenómeno muito interessante: eles detestam que lhes soprem no focinho mas, assim que entram para dentro dum carro, a primeira coisa que fazem é colocar a cabeça de fora da janela.

Ora isto é uma prova de que o cão e o homem são mesmo os melhores amigos, pois este tipo de estupidez só nos humanos encontra um paralelo.


Decerto também já terão observado automobilistas que, em alturas de maior calor e com a janela aberta, gostam de colocar o braço de fora do carro, como se estivessem a querer agarrar o ar, deixando-nos na dúvida se estão a fazer um sinal para o condutor de trás ou se estão – como é normalmente o caso – em pleno exercício da sua parolice natural.

No fundo, parece mesmo haver algo a unir a espécie humana e a espécie canina. Não apenas uma relação historico-natural, mas também esta partilha dos pequenos prazeres da vida como… colocar parte do corpo fora do carro com o dito em movimento!

E decidi escrever este texto pois, para além de ser uma pessoa desocupada e perturbada (uma combinação letal!), assisti esta manhã à fusão mais emblemática dos fenómenos aqui descritos. Passou por mim um carro em que o condutor levava o braço de fora, bem apontadinho para a frente e no sentido do movimento, como quem diz para um taxista: “Siga aquele carro!”. Carro esse de onde, na janela de trás, brotava a cabeça de um magnífico Labrador preto, com as orelhas ao vento e a lembrar a cantiga da “Menina, estás à janela”.

Foi então que parei por um momento.
Por algum motivo, estes fenómenos parecem passar despercebidos à maior parte das pessoas. Mas aquilo que eu vi foi lindo! A música do Batman começou a tocar na minha cabeça. Embora, neste caso, talvez não se tratasse do Batman e do seu pedofilizado companheiro Robin, mas sim de Mendonça & Piloto! Unidos para combater o crime… de já não terem mais cerveja e torresmos no frigorífico!

E se qualquer experiência de comunhão entre dois seres (humanos ou não) implica necessariamente uma aproximação, a minha pergunta é a seguinte: neste caso específico, estamos a olhar para um cão inteligente ou para um ser humano embrutecido? Quem é que se está a aproximar de quem?
Eu não digo estas coisas para chatear os automobilistas que gostam de bronzear o braço esquerdo, mas…….




….. se nao é para chatear então é para?


Ok, pronto, é para chatear.


Outro facto unificador, qd os cães fogem de casa geralmente vão apanhar uma cadela e os homens o que fazem qd saem de casa…


Isto é uma verdade! Geralmente tenho duas cadelas em casa mas… ás vezes tenho três (nota: a 3ª não é minha mas tenho de a aturar).


Ó Toscano, tás toscaio ou quê?

Nunca ouviste dizer aos tratadores de cães que é quase como ter mais um filho?

Átão, “quem sai aos seus não é de genebra” né?

Zémontanhês

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